Psicose

 Nota: Para o filme de 1960, veja Psycho.
Psicose
Psicose
A Noite Estrelada de Van Gogh revela alterações na luz e cor semelhantes às manifestações de psicose[1][2][3]
Especialidade Psiquiatria, psicologia
Sintomas Convicção em falsas crenças, ver ou ouvir coisas que outras pessoas não veem ou ouvem, discurso incoerente[4]
Complicações Autolesão, suicídio[5]
Causas Perturbações mentais (esquizofrenia, perturbação bipolar), privação de sono, algumas condições de saúde, alguns medicamentos, drogas (incluindo álcool e cannabis)[4]
Tratamento Antipsicóticos, psicoterapia, apoio social[5]
Prognóstico Depende da causa[5]
Frequência 3% da população em algum momento da vida (EUA)[4]
Classificação e recursos externos
CID-10 F20 a F29
CID-9 290 a 299
OMIM 603342 608923 603175 192430
MedlinePlus 001553
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Psicose é uma perturbação da mente que causa dificuldades em determinar o que é ou não real.[4] Os sintomas mais comuns são delírios (certeza de que sua ideia é verdadeira, apesar das evidências do contrário) e alucinações (ver, ouvir ou sentir sem um estímulo perceptível por outros).[4] Entre outros possíveis sintomas estão discurso incoerente, comportamento inapropriado para a situação e perder capacidade emocional.[4] Podem também ocorrer perturbações do sono, reclusão social, falta de motivação e dificuldades em desempenhar tarefas do quotidiano.[4]

As psicoses têm várias causas diferentes.[4] Entre as causas mais comuns estão perturbações mentais como a esquizofrenia ou perturbação bipolar, privação do sono, algumas condições médicas, alguns medicamentos e drogas como o álcool ou a cannabis.[4] Um dos tipos, denominado psicose pós-parto, pode ocorrer após o parto.[6] Acredita-se que na causa esteja implicado o neurotransmissor dopamina.[7] A psicose aguda é considerada primária quando resulta de uma condição psiquiátrica e secundária quando é causada por uma condição médica.[8] O diagnóstico de uma perturbação mental requer que sejam excluídas outras potenciais causas.[9] Podem ser realizados exames ao sistema nervoso central para avaliar como potenciais causas doenças, toxinas ou outros problemas de saúde.[10]

O tratamento pode consistir em antipsicóticos, psicoterapia e apoio social.[4][5] Quanto mais cedo for iniciado o tratamento melhor aparenta ser o prognóstico.[4] A medicação aparenta ter um efeito moderado.[11][12] O prognóstico depende da causa subjacente.[5] Nos Estados Unidos, cerca de 3% da população desenvolve psicose em algum momento da vida.[4] A condição tem sido descrita desde pelo menos o séc. IV a.C. por Hipócrates e possivelmente teria sido descrita no Egito em 1500 a.C. no Papiro Ebers.[13][14]

  1. Kelly, Evelyn B. (2001). Coping with schizophrenia 1st ed. New York: Rosen Pub. p. 25. ISBN 9780823928538 
  2. Maio, Dr Vincent Di; Franscell, Ron (2016). Morgue: A Life in Death (em inglês). [S.l.]: St. Martin's Press. p. 236. ISBN 9781466875067 
  3. Bogousslavsky, Julien; Boller, François (2005). Neurological Disorders in Famous Artists (em inglês). [S.l.]: Karger Medical and Scientific Publishers. p. 125. ISBN 9783805579148 
  4. a b c d e f g h i j k l «RAISE Questions and Answers». NIMH (em inglês). Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  5. a b c d e «Psychosis». NHS. 23 de dezembro de 2016. Consultado em 24 de janeiro de 2018 
  6. «Psychosis Symptoms». NHS. Consultado em 24 de janeiro de 2018 
  7. «Psychosis Causes». NHS. Consultado em 24 de janeiro de 2018 
  8. Griswold, Kim S.; Del Regno, Paula A.; Berger, Roseanne C. (15 de junho de 2015). «Recognition and Differential Diagnosis of Psychosis in Primary Care». American Family Physician. 91 (12): 856–863. ISSN 1532-0650. PMID 26131945 
  9. Cardinal, Rudolf N.; Bullmore, Edward T. (2011). The Diagnosis of Psychosis (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press. p. 279. ISBN 9781139497909 
  10. Foster, Norman L. (2011). The American Psychiatric Publishing Textbook of Geriatric Neuropsychiatry (em inglês). [S.l.]: American Psychiatric Pub. p. 523. ISBN 9781585629527 
  11. Leucht, S.; D. Arbter; R.R. Engel; W. Kissling; J.M. Davis (abril de 2009). «How effective are second-generation antipsychotic drugs? A meta-analysis of placebo-controlled trials» (PDF). Molecular Psychiatry. 14 (4): 429–447. PMID 18180760. doi:10.1038/sj.mp.4002136. Consultado em 24 de março de 2013 
  12. Rattehalli, R.D.; Jayaram, M.B.; Smith, M. (5 de abril de 2010). «Risperidone Versus Placebo for Schizophrenia». Schizophrenia Bulletin. 36 (3): 448–449. PMC 2879694Acessível livremente. PMID 20368309. doi:10.1093/schbul/sbq030 
  13. Gibbs, Ronald S. (2008). Danforth's Obstetrics and Gynecology (em inglês). [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 508. ISBN 9780781769372 
  14. Giddens, Jean Foret (2015). Concepts for Nursing Practice - E-Book (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 348. ISBN 9780323389464 

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