A expressão quadrinhos para adultos (no Brasil) ou banda desenhada para adultos (em Portugal, Angola e Cabo Verde) faz referência a publicações de histórias em quadrinhos dirigidas apenas ou principalmente ao público adulto.
Vários podem ser os gêneros direcionados a adultos, sendo dois dos principais o gênero quadrinhos eróticos e jornalismo em quadrinhos. Quadrinhos eróticos é o gênero de quadrinhos para adultos caracterizado principalmente pela exploração de vários elementos relacionados à luxúria, como a nudez e atividade sexual -- muitas vezes incluindo homoerotismo e sexo explícito -- como elemento principal ou importante para a narrativa. Por sua vez, jornalismo em quadrinhos é uma modalidade de jornalismo realizada a partir da linguagem da arte sequencial, o termo foi cunhado pelo repórter e ilustrador maltês Joe Sacco, quem em 1994 publicou a novela em quadrinhos Palestina, considerado pioneiro no gênero.
Também são várias as formas editoriais pelas quais foram e são publicados quadrinhos para adultos, a citar as revistas pulp e as magazines. Hoje a principal e mais nobre forma editorial de publicação de quadrinhos para adultos é o romance gráfico (ou graphic novel em inglês). Romance gráfico é um tipo de quadrinho publicado no formato de livro, distinguindo-se essencialmente das "revistas em quadrinhos", as quais são publicadas como periódicos, portanto, o romance gráfico é geralmente atribuido a quadrinhos de longa duração, sendo assim o análogo na arte sequencial da prosa ou romance na literatura. Um exemplo de romance gráfico é a história em quadrinhos para adutos Um contrato com Deus, de Will Eisner.
A origem dos quadrinhos para adultos como os conhecemos hoje foram as chamadas tijuana bibles de 1930, as quais eram quadrinhos para adultos publicados clandestinamente e cuja impressão consistia em oito páginas retangulares baratas e em preto e branco. Estas foram seguidas das revistas pulp como Spicy Detective de Harry Donenfeld, as quais apresentavam histórias, nas quais heroínas tinham muita dificuldade em permanecerem vestidas, como a tira Sally the Sleuth (1934) de Adolphe Barreaux. Os quadrinhos para adultos transitaram então entre as chamadas magazines e revistas para adultos, como a Playboy, até chegarem no formado hoje mais consagrado, o romance gráfico.