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Rede Manchete TV Manchete Ltda. | |
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Tipo | Rede de televisão comercial aberta |
País | Brasil |
Fundação | 5 de junho de 1983 por Adolpho Bloch |
Extinção | 17 de maio de 1999 |
Pertence a | Grupo Bloch (1983-1992; 1993-1999) IBF (1992-1993) |
Proprietário | Adolpho Bloch (1983-1992; 1993-1995) Hamilton Lucas de Oliveira (1992-1993) Pedro Jack Kapeller (1995-1999) |
Cidade de origem | Rio de Janeiro, RJ |
Sede | Rio de Janeiro, RJ |
Estúdios | Rio de Janeiro, RJ São Paulo, SP |
Slogan | Você em primeiro lugar |
Cobertura | Nacional |
Emissoras próprias | |
Emissoras afiliadas | ver lista |
Rede Manchete (também conhecida como TV Manchete ou apenas Manchete) foi uma rede de televisão comercial brasileira fundada na cidade do Rio de Janeiro pelo jornalista e empresário ucraniano naturalizado brasileiro Adolpho Bloch. Fazia parte do Grupo Bloch, conglomerado de comunicação que publicava a revista Manchete através da Bloch Editores, sendo que o nome dado para a emissora de televisão refere-se a esta revista.[1] Prevista inicialmente para entrar no ar entre setembro e novembro de 1982,[2] e depois para março do ano seguinte,[3] a rede finalmente entrou no ar em 5 de junho de 1983.[4]
Com equipamento sofisticado e inicialmente buscando um público de classe alta,[2] a Manchete ficou conhecida pela sua programação baseada no forte jornalismo, na cobertura do esporte nacional e internacional, apresentando grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo e os jogos olímpicos, além de coberturas especiais como a do carnaval, que virou a sua marca registrada. Na teledramaturgia, a Manchete fez história por ter exibido a primeira novela fora da TV Globo a liderar a audiência do horário nobre desde a década de 1970, feito que foi concretizado com a exibição da novela Pantanal, de Benedito Ruy Barbosa, em 1990. Além de programação própria, a rede é lembrada pelo público por ter transmitido produções como tokusatsus e animes, abrindo as portas para estes gêneros na televisão brasileira. Por outro lado, os caros investimentos levaram-na a sucessivas crises. Em 1985, com dois anos de existência, os prejuízos da Rede Manchete eram evidentes.[5] Em 1988, Bloch quis vender a emissora e pediu 200 milhões de dólares.[6] Na década de 1990, o então deputado Paulo Octávio, em sociedade com o empresário João Carlos Di Genio, fez uma proposta de compra pelo mesmo valor,[7][8][9] mas nada se concretizou.[10] Em junho de 1992, a IBF assumiu 49% das ações da Manchete, mas em abril de 1993 teve a sua gestão cassada pela justiça. Adolpho Bloch recebeu de volta o encargo de uma rede nacional, com os salários dos funcionários atrasados em seis meses e uma greve recém estourada.[11] Pedindo um tempo aos empregados, ele conseguiu, em quatro meses, normalizar o pagamento da folha. Porém, o esforço de caixa continuou repercutindo na programação.[11]
Pedro Jack Kapeller se tornaria presidente da Rede Manchete em 1995, após a morte de seu tio, Adolpho Bloch.[12] A emissora passou a declinar lentamente até o fim da década, com o desgaste da sua programação e a debandada das suas afiliadas para as concorrentes. A crise se aprofundou após a Copa do Mundo de 1998, quando seu faturamento caiu 40%. Em setembro de 1998, demitiu 540 funcionários e novamente a folha estava atrasada. Em outubro, cortou a produção de quase todos os seus programas jornalísticos, abortando, inclusive, a novela Brida, e ao mesmo tempo irrompeu uma segunda grande greve que suspendeu atrações como o Mulher de Hoje e o Jornal da Manchete.[13] Em janeiro de 1999, a emissora foi arrendada para a Igreja Renascer em Cristo, porém em fevereiro do mesmo ano, o Grupo Bloch rompeu com a igreja, alegando o descumprimento de cláusulas contratuais.[14]
Em maio, faltando poucos dias para o vencimento de suas concessões e a extinção iminente, o grupo TeleTV, de propriedade de Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho, adquiriu depois de muitas negociações, somente as concessões da Rede Manchete, e não a emissora.[15] O negócio foi analisado e aprovado pelo governo.[16] Pedro Jack Kapeller recebeu 4,5 milhões de dólares pela venda das concessões,[17] que logo em seguida foram renovadas pelo governo. Em 17 de maio, a Rede Manchete era extinta após o primeiro bloco da reprise de Pantanal, e sua programação passa depois de alguns dias a levar a identificação provisória de TV!, até a inauguração de sua sucessora, a RedeTV!, em 15 de novembro do mesmo ano.[18] Poucos dias depois da venda, o Grupo Bloch afirma aos jornais que a massa falida da emissora (infraestrutura, acervo, fitas, equipamentos, sedes, contratos) foram vendidos ao Grupo Hesed Participações, de Fábio Saboya. Em contrapartida, o mesmo obtém uma liminar obrigando a RedeTV! a arcar com as dívidas da Manchete, mesmo tendo adquirido apenas as suas concessões.[19] Em 2009, o Superior Tribunal de Justiça declarou que a RedeTV! apenas comprou as concessões da Manchete, e não a emissora em si, livrando a rede do pagamento das dívidas.[20]
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