Regime de historicidade

Regime de historicidade é uma categoria de análise histórica utilizada pelo historiador François Hartog para classificar formas específicas de experiência do tempo, nas quais existem a dominância de uma das instâncias temporais - passado, presente ou futuro - sobre as outras.[1][2] Em um contexto onde o passado é preponderante, pode-se observar um "regime de historicidade passadista", e assim por diante. A noção de um regime de historicidade foi construída a partir de duas influências centrais: a historiografia de Reinhart Koselleck e a antropologia de Marshall Sahlins.[3] Segundo François Hartog, trata-se de um instrumento heurístico, próximo do conceito de tipo ideal (Idealtyp) de Max Weber, cuja função é articular as instâncias do tempo, expondo suas relações hierárquicas, que acabam promovendo certas formas de experiência enquanto inibem outras.[4][5] Ao afirmar que a Europa viveu um regime de historicidade futurista a partir do século XVIII, o autor usa a data simbólica de 1989 para marcar a ascensão do presentismo como regime de historicidade a nível global.[6][7][8]


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