Reinhard Tristan Eugen Heydrich (alemão: [ˈʁaɪnhaʁt ˈtʁɪstan ˈɔʏɡn̩ ˈhaɪdʁɪç] (ⓘ)) (7 de Março de 1904 – 4 de Junho de 1942) foi um oficial superior alemão durante a Segunda Guerra Mundial, e um dos principais arquitectos do Holocausto. Tinha a patente de SS-Obergruppenführer und General der Polizei (Líder de Grupo Sénior e Chefe da Polícia) tal como chefe do Reichssicherheitshauptamt (Gabinete Central de Segurança do Reich; incluindo a Gestapo, Kripo e SD). Também era Stellvertretender Reichsprotektor (Delegado Protetor do Reich) da Boémia e Morávia, atual República Checa. Heydrich prestou serviço como presidente da Comissão da Polícia Criminal Internacional (ICPC; mais tarde conhecida como Interpol), e esteve à frente da Conferência de Wannsee em Janeiro de 1942, a qual formalizou os planos para a Solução Final e a Questão Judaica — a deportação e o genocídio de todos os judeus na Europa ocupada pelo regime nazi.
Muitos historiadores descrevem-no como a figura mais sombria do regime nazista; Adolf Hitler descreveu-o como "o homem com coração de ferro".[1] Heydrich foi um dos fundadores da Sicherheitsdienst (SD), uma organização de informação encarregada de encontrar e neutralizar a resistência ao Partido Nazi através de detenções, deportações e assassinatos. Ajudou a organizar a Kristallnacht, uma série de ataques coordenados contra os judeus em toda a Alemanha nazi e partes da Áustria em 9–10 de Novembro de 1938. Os ataques, efectuados por membros das SA e civis, representaram um presságio ao Holocausto. Quando chegou a Praga, Heydrich procurou eliminar a oposição à ocupação nazi suprimindo a cultura checa e deportando e executando os membros da resistência checa. Foi directamente responsável pelo Einsatzgruppen, grupos de intervenção especiais que assassinaram mais de dois milhões de pessoas, incluindo 1,3 milhões de judeus, através de execuções em massa e gaseamentos.
Heydrich foi alvo de um atentado em Praga no dia 27 de Maio de 1942 por uma equipe de soldados checos e eslovacos treinados pelos britânicos, enviados pelo governo checo-eslovaco no exílio para o matar na Operação Antropoide. Heydrich morreu uma semana depois dos ferimentos sofridos. Os serviços de informação nazis ligaram erradamente os assassinos às vilas de Lídice e Ležáky. Lídice foi completamente destruída; todos os homens e crianças acima dos 16 anos de idade foram executados, e quase todas as crianças foram enviadas para campos de concentração nazis.