Rem Koolhaas

Rem Koolhaas
Rem Koolhaas
Nascimento 17 de novembro de 1944 (79 anos)
Roterdão
Cidadania Reino dos Países Baixos
Progenitores
  • Anton Koolhaas
  • Selinde Roosenburg
Cônjuge Madelon Vriesendorp
Alma mater
Ocupação arquiteto, urbanista, escritor, teórico
Distinções
Empregador(a) Universidade Harvard
Obras destacadas Maison à Bordeaux, Museu Kunsthal, Nederlands Dans Theater, Segunda Câmara, Biblioteca Central de Seattle, Fondazione Prada Building
Movimento estético arquitetura desconstrutivista

Remment Lucas "Rem" Koolhaas, nascido Remko L. Olhaas, IPA:'rɛm 'kɔːlhas, (Roterdão, 17 de Novembro de 1944) é um arquiteto, urbanista e teórico da arquitetura neerlandês. É professor de arquitetura e desenho urbano na Universidade Harvard.

Koolhaas estudou na Nederlandse Film en Televisie Academie (Academia Neerlandesa de Cinema e Televisão), em Amsterdam. Em 1968 começou a estudar arquitetura, na Architectural Association School of Architecture, em Londres. Em 1972 prosseguiu seus estudos na Cornell University em New York e foi aluno de Peter Eisenman.[1]

Começou a chamar a atenção do público e da crítica a partir de 1975, quando, juntamente com os arquitetos Madelon Vriesendorp (sua esposa), Elia Zenghelis e Zoe Zenghelis fundou em Londres, o OMA - Office for Metropolitan Architecture e, posteriormente, a sua contraparte orientada para a pesquisa, a AMO, atualmente baseada em Rotterdam. Mais tarde, juntaram-se a eles Zaha Hadid, uma das alunas de Koolhaas, e outros parceiros como a Columbia Laboratory for Architectural Broadcasting

Um dos primeiros trabalhos que iria marcar a diferença do grupo do então dominante "classicismo pós-moderno" do final dos anos 1970, foi a contribuição para a Bienal de Veneza de 1980, sob a curadoria de Paolo Portoghesi, denominada Presença do Passado. Cada arquiteto tinha que projetar uma rua interna típica para uma "vila de Potemkin" - uma espécie de vila cenográfica - e o esquema do OMA foi a única proposta modernista.

Outros projetos recebidos com reservas, embora não construídos, incluem a proposta para o Parc de la Villette, em Paris (1982), e a residência do Presidente da Irlanda (1981).

O primeiro grande projeto do OMA a ser construído foi o Kunsthal, em Rotterdam (1992), que expressava uma tentativa de colocar em prática vários dos achados de Koolhaas, contidos no seu livro Delirious New York (1978),[2] escrito quando o arquiteto atuava como professor visitante no Institute for Architecture and Urban Studies em Nova York, dirigido por Peter Eisenman.[3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13][14][15][16][17][18][19][20][21][22]

Casa da Música, Porto, 2005.

No âmbito do OMA e juntamente com Mark Wigley e Ole Bouman, criou, em 2005, a revista Volume Magazine, especializada em arquitetura e design.[23]

Sua produção bibliográfica é extensa, e tem entre diversas obras consideradas relevantes para o pensamento do espaço social posterior à década de 1960. Koolhaas faz análises do urbanismo da pós-modernidade (ainda sem nome melhor) das formas de coabitação humana caótica. Para tal, firma o conceito do JunkSpace, descrevendo uma entrada de check-in em um aeroporto qualquer: uma cena com vidros blindados, paredes com frisos em gesso, orquídeas indonésias e um estofado de latex chinês. Uma de suas frases mais famosas é "Coelho é o novo bife." São leituras determinantes, especialmente o livro S,M,L,XL,[24] em colaboração com o designer Bruce Mau) e o já citado Delirious New York.

Em 2000, Rem Koolhaas foi laureado com o Prémio Pritzker de Arquitectura.

Em 2008 foi incluído pela revista Time entre as 100 pessoas mais influentes do mundo.[25]

O trabalho de Koolhaas varia desde o desenho de pontos de ônibus para uma universidade holandesa até a loja de Nova York da italiana Prada. Além de teórica, a razão de ser hoje em dia um dos mais respeitados arquitetos urbanos é por não ver limites entre estéticas, áreas e eras, entendendo que um bom projeto de vida cruza fronteiras próximas entre urbanismo, pintura e até literatura, uma vez que as possibilidades da arte, quando vinculadas ao urbanismo, passam pelo rigor da experimentação. No plano das estruturas, Koolhaas acredita que não haja fronteiras, sendo mais importante a estética final do que os meios que a interligam.[carece de fontes?]

  1. FERNANDES, Luiz Gustavo Sobral. Entre Eisenman e Koolhaas. Diálogos acerca de projeto e crítica. Resenhas Online, São Paulo, ano 13, n. 153.02, Vitruvius, set. 2014 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/13.153/5292>.
  2. Rem Koolhaas, Delirious New York: A retroactive Manifesto for Manhattan (Academy Editions, London, 1978; reeditado por The Monacelli Press, 1994)
  3. Site do OMA
  4. Perfil e projetos do OMA
  5. Mutations (Actar, Barcelona, 2001)
  6. Welcome to the future, The Guardian, agosto de 2007
  7. Volume Magazine
  8. «Harvard Design School Faculty». Consultado em 21 de julho de 2008. Arquivado do original em 18 de fevereiro de 2003 
  9. Artigo sobre Rem Koolhaas
  10. Lista de projetos Rem Koolhaas
  11. Links sobre Rem Koolhaas
  12. Rem Koolhaas |Architectour.net
  13. Hal Foster: Rem Koolhaas
  14. Interview Entrevista (2000)
  15. Wired Entrevista (07/1996)
  16. imagens de vários projetos do OMA
  17. BBC News |On Koolhaas' flag proposal
  18. FOTW
  19. Serpentine Pavilion 2006 - Imagens
  20. Casa da Música Ensaio fotográfico e informações na KultureFlash Arquivado em 4 de outubro de 2006, no Wayback Machine.
  21. "Time alters perspective on Koolhaas" artigo do crítico de arquitetura Blair Kamin no site do Chicago Tribune (publicado em novembro de 2006).
  22. "Welcome to the future" artigo publicado em agosto de 2007 no website do The Guardian .
  23. Volume Magazine
  24. Koolhaas, Rem ; Werlemann, Hans; Mau, Bruce. S,M,L,XL. New York: The Monacelli Press, 1994 (2ª edição, 1997)
  25. Time. The 2008 TIME 100 - Rem Koolhaas.

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