Restinga

 Nota: Para outros significados, veja Restinga (desambiguação).
Restinga na praia da Jureia, em Iguape, SP.
Restinga, com fisionomias herbácea e florestal, no Parque Estadual Paulo Cesar Vinha, em Guarapari, ES.
Habitat de restinga na praia de Itaguaré, Bertioga, SP.
Habitat de restinga em Ilha de Margarita, Venezuela.

Restinga é um tipo de ecossistema. De acordo Cerqueira et al (2000) existe uma confusão no uso de termos para os ambientes costeiros, devido a falta de padronização para os ambientes costeiros. Parte da imprecisão se deve ao fato do termo ser usado para fazer referência ao tipo de substrato onde normalmente se desenvolve. Os cordões arenosos, praias e outros depósitos sedimentares na região costeira são elementos da geodiversidade onde a Restinga se desenvolve.

A palavra “Restinga” designa vegetação estabelecida em substratos arenosos do Quaternário sujeitos às influências marinhas ou flúvio-marinhas (Flexor et al. 1984; Sugiyama 1998).

Segundo o glossário dos termos genéricos dos nomes geográficos do IBGE (2018),[1] restinga é uma feição linear subparalela à linha de praia, formada pelo acúmulo de sedimentos decorrente da ação de processos marinhos. É um tipo de barreira costeira que se restringe apenas ao cordão litorâneo que fecha parcialmente as embocaduras de rios, as angras, baías ou pequenas lagunas. Ocorre nas planícies litorâneas de contorno irregular, nas proximidades de desembocaduras de rios e falésias que possam fornecer sedimentos arenosos. Termo utilizado também para denominação de curso de água.

Ainda de acordo com o Manual Técnico da Vegetação Brasileira do IBGE (2012)[2] a restinga possui as seguintes formações: Formação Pioneira com influência marinha; Formação Pioneira com influência marinha arbórea; Formação Pioneira com influência marinha arbustiva e Formação Pioneira com influência marinha herbácea.

Segundo Samuel et al (2024), as formações de restinga são definidas como a vegetação que cobre sedimentos costeiros arenosos depositados durante o período Quaternário, independentemente de sua fisionomia. Elas são geralmente caracterizadas como áreas de confluência entre espécies vegetais associadas a diversos domínios fitogeográficos. No entanto, estudos florísticos e biogeográficos detalhados ainda são necessários para definir melhor seus padrões de distribuição, as origens de suas espécies vegetais e suas afinidades biogeográficas. Embora compartilhem espécies com outros ecossistemas, as restingas exibem uma composição florística única, representando uma flora costeira. Além disso, as restingas do Norte e Nordeste do Brasil são subdivididas biogeograficamente de acordo com setores previamente reconhecidos da costa do país. A variação na composição florística dentro do grupo de restingas está associada a fatores como distância geográfica, variáveis geomorfológicas e climáticas

Podem apresentar vários tipos de fisionomias: herbáceas, arbustivas e arbóreas.[3]

  1. «IBGE | Biblioteca». IBGE | Biblioteca. Consultado em 30 de agosto de 2024 
  2. «IBGE | Biblioteca». IBGE | Biblioteca. Consultado em 30 de agosto de 2024 
  3. Thomazi, R. D., Rocha, R. T., Oliveira, M. V., Bruno, A. S., & Silva, A. G. (2013). Um panorama da vegetação das restingas do Espírito Santo no contexto do litoral brasileiro. Natureza on line, Santa Teresa/ES, 11 (1): 1-6, link.

From Wikipedia, the free encyclopedia · View on Wikipedia

Developed by razib.in