Riot grrrl

Riot Girl
Origens estilísticas Musical: Punk rock - Hardcore punk - Indie rock - Rock Alternativo

Ideológica: Terceira onda do feminismo - Straight edge - Teoria queer

Contexto cultural Início da década de 1990, Washington DC e região noroeste do Pacífico nos Estados Unidos.
Instrumentos típicos Vocais - Guitarra - Baixo - Bateria - Teclados
Popularidade Início dos anos 1990, principalmente no meio underground.
Subgêneros
Kinderwhore
Gêneros de fusão
Hardcore digital
Formas regionais
Washington DC
Outros tópicos
Feminismo - Grunge - Queercore

Riot grrrl é um movimento punk feminista underground que teve inicio no início da década de 1990 em Olympia, Washington[1] e no Noroeste Pacífico[2] e se expandiu para pelo menos 26 outros países.[3] É um movimento de subcultura que combina uma visão social feminista com um estilo musical e politico punk.[4] É frequentemente associado com a terceira onda do feminismo, movimento nascido a partir do movimento Riot Grrrl. Tem sido também descrito como um gênero musical que nasceu do indie rock, com a cena punk servindo de inspiração para um movimento musical em que mulheres poderiam se expressar da mesma maneira que homens faziam há anos.[5] Segundo Liz Naylor, que se tornaria a manager da banda riot grrrl Huggy Bear:[6]

"Houve muita raiva e automutilação. Em um sentido simbólico, as mulheres estavam cortando e destruindo a imagem estabelecida de feminilidade, derrubando-a agressivamente."

Bandas Riot Grrrl frequentemente abordam questões como estupro, violência doméstica, sexualidade, racismo, patriarcado e empoderamento feminino. Algumas das primeiras bandas associadas ao movimento são Bikini Kill, Bratmobile, Heavens to Betsy, Excuse 17, Slant 6, Emily's Sassy Lime, Huggy Bear e Skinned Teen e Sleater-Kinney.[1][7][8][9][10][11][12] Também foram incluídos grupos queercore como Team Dresch e Third Sex.[1][13]

Para além da cena musical, riot grrrl tornou-se também uma subcultura envolvendo um ethos faça-você-mesmo, zines, arte e ativismo político.[14] O movimento rapidamente se espalhou muito além de suas raízes musicais, criando um movimento grassroots, anti-discriminação racial, sexual e etário vasto, por meio de zines, ambientes virtuais e encontros físicos baseados no feminismo da quarta onda para lutar contra as formas interseccionais de preconceito e opressão, especialmente violência física e emocional de gênero.[15] Riot grrrls são conhecidas por realizar reuniões, criar coletivos,[16] apoiar e organizar mulheres na música,[17] bem como na arte criada por pessoas trans, gays, lésbicas e outras comunidades.[13]

  1. a b c «The Riot Grrrl Movement». The New York Public Library (em inglês). Consultado em 30 de maio de 2022 
  2. Kaye, Deirdre; Kaye, Deirdre (9 de abril de 2015). «Boston wins 'Most Feminist City' with Riot Grrrl Day — we made a playlist to celebrate». SheKnows (em inglês). Consultado em 30 de maio de 2022 
  3. McDonnell, Evelyn; Vincentelli, Elisabeth (3 de maio de 2019). «Riot Grrrl United Feminism and Punk. Here's an Essential Listening Guide.». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 30 de maio de 2022 
  4. Garrison, Ednie-Kach (2000). U.S. Feminism-Grrrl Style! Youth (Sub)Cultures and the Technologics of the Third Wave. [S.l.]: Feminist Studies, Inc. p. 142. JSTOR 3178596 
  5. Marion Leonard. "Riot grrrl." Grove Music Online. Oxford Music Online. Oxford University Press. Web. 20 Jul. 2014.
  6. Punk rock, so what? : the cultural legacy of punk. Roger Sabin. London: Routledge. 1999. OCLC 51915009 
  7. Hopper, Jessica (20 de janeiro de 2011). «Riot Girl: still relevant 20 years on». the Guardian (em inglês). Consultado em 30 de maio de 2022 
  8. Kennedy, Kathleen (1 de março de 2002). «Results of a misspent youth: Joan Jett's performance of female masculinity». Women's History Review (1): 89–114. ISSN 0961-2025. doi:10.1080/09612020200200312. Consultado em 30 de maio de 2022 
  9. Meltzer, Marisa (2010). Girl power : the nineties revolution in music First edition ed. New York: [s.n.] p. 42. OCLC 861601369 
  10. Raha, Maria (2005). Cinderella's big score : women of the punk and indie underground 1st ed ed. Emeryville, CA: Seal Press. OCLC 56956056 
  11. «List of Riot Girl Bands». Hot-topic.org. Consultado em 30 de setembro de 2012. Cópia arquivada em 23 de fevereiro de 2009 
  12. Sheffield, Rob; Sheffield, Rob (27 de março de 2020). «Riot Grrrl Album Guide». Rolling Stone (em inglês). Consultado em 30 de maio de 2022 
  13. a b Leyser, Yony (2017). Queercore: How to Punk a Revolution. (em English). [S.l.]: Torch Films. OCLC 1114281127 
  14. Jackson, Buzzy (2005). A bad woman feeling good : blues and the women who sing them First edition ed. New York: [s.n.] OCLC 57001820 
  15. Girlhood in America : an encyclopedia. Miriam Forman-Brunell. Santa Barbara, Calif.: ABC-CLIO. 2001. OCLC 49851701 
  16. «Riot Grrrl Chapters». Google My Maps. Consultado em 30 de maio de 2022 
  17. Schilt, Kristen (janeiro de 2003). «'A Little Too Ironic': The Appropriation and Packaging of Riot Grrrl Politics by Mainstream Female Musicians» (PDF). Popular Music and Society (em inglês) (1): 5–16. ISSN 0300-7766. doi:10.1080/0300776032000076351. Consultado em 30 de maio de 2022 

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