Este artigo não cita fontes confiáveis. (Outubro de 2017) |
Robert Ley | |
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Nascimento | 15 de fevereiro de 1890 Niederbreidenbach, Império Alemão |
Morte | 25 de outubro de 1945 (55 anos) Nuremberg, Alemanha |
Nacionalidade | Alemão |
Filho(a)(s) | 5 |
Alma mater | Universidade de Jena Universidade de Bonn Universidade de Münster |
Filiação | Partido Nazista |
Cargo | Chefe da Frente Alemã para o Trabalho |
Robert Ley (Niederbreidenbach, 15 de fevereiro de 1890 — Nurembergue, 25 de outubro de 1945) foi um político nazista, chefe da Frente Alemã para o Trabalho durante o governo de Adolf Hitler. Preso ao final da guerra em Nuremberg por crimes de guerra cometeu suicídio durante o julgamento.
Após estudar química nas universidades de Jena e Bonn, Ley alistou-se no exército alemão no início da Primeira Guerra Mundial e passou dois anos na artilharia enquanto fazia treinamento para piloto da Força Aérea. Em 1917 seu avião foi abatido sobre a França e ele se tornou prisioneiro até o fim da guerra. Na queda, sofreu diversos ferimentos na cabeça, o que se acredita tenha provocado danos cerebrais permanentes, pois a partir daí e pelo resto da vida ele passou a exibir uma gagueira constante, surtos de comportamento errático e se tornou alcoólatra.
Após a guerra voltou à Alemanha e conseguiu o doutorado em química, passando a trabalhar no ramo alimentício da gigante alemã IG Farben, em Leverkusen, no vale do Ruhr. Angustiado e enraivecido com a ocupação da região pela França em 1924, Ley tornou-se um ultra-nacionalista e se juntou ao Partido Nazista, logo após ouvir o discurso de Adolf Hitler em seu julgamento, que se seguiu ao Putsch de Munique. O ano de 1925 o encontra como Gauleiter do distrito sul do Reno e editor de uma violento jornal anti-semita.
Em 1931 foi conduzido a Berlim por Hitler, que lhe entregou a chefia da organização do partido, após a demissão de Gregor Strasser, figura importante do nazismo caída em desgraça após violentas disputas internas pelo poder com Hitler. Seu currículo pobre e a experiência como líder de uma grande classe trabalhadora no Ruhr significavam que ele parecia pertencer a uma ala socialista do partido, a que Hitler sempre se opôs, mas sua lealdade nunca foi questionada, o que lhe valeu a proteção do Führer contra o antagonismo de outros integrantes do partido, que o achavam um bêbado incompetente.
Quando se tornou chanceler da Alemanha em janeiro de 1933, Hitler o levou para Berlim e em abril, com a dissolução dos sindicatos pelo Estado, lhe entregou a chefia da Frente de Trabalho Alemã (Deutsche Arbeitsfront), que se tornaria um simples braço do Estado na função de procurar uma maior eficiência e disciplina dos trabalhadores alemães para servir as necessidades do regime, particularmente na massiva expansão da indústria de armas.
Estabelecido no comando da DAF, Ley começou uma vida de abusos exagerada até para os padrões do regime nazista. Além de generosos salários e bônus, ele embolsava fundos da Frente para seu próprio benefício. Em 1938 possuía uma luxuosa propriedade em Colônia e villas em diversas cidades alemães, uma frota de carros, uma linha de trens privada e enorme coleção de obras de arte.
Ao mesmo tempo, aumentava seu tempo dedicado à bebida e as mulheres, o que o levou a cenas de embaraço público diversas vezes. Em 1942 sua segunda mulher suicidou-se com um tiro na cabeça após uma discussão sobre bebida. Seus subordinados passaram a exercer a liderança administrativa de Frente em seu lugar e ela se tornou um centro notório de corrupção, tudo pago pelas contribuições compulsórias dos trabalhadores alemães.