Ruy Barbosa | |
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Ruy Barbosa | |
Vice-presidente do Senado Federal | |
Período | 25 de outubro de 1906 a 25 de junho de 1909 |
Presidente | Afonso Pena Nilo Peçanha |
Antecessor(a) | Joaquim Murtinho |
Sucessor(a) | Quintino Bocaiuva |
Senador pela Bahia | |
Período | 15 de novembro de 1890 a 1º de março de 1923 |
Ministro da Fazenda | |
Período | 15 de novembro de 1889 a 21 de janeiro de 1891 |
Presidente | Deodoro da Fonseca |
Antecessor(a) | Visconde de Ouro Preto |
Sucessor(a) | Tristão de Alencar Araripe |
Deputado Geral pela Bahia | |
Período | 15 de dezembro de 1878 a 3 de setembro de 1884 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Ruy Barbosa de Oliveira |
Nascimento | 5 de novembro de 1849 Salvador, Bahia, Império do Brasil |
Morte | 1º de março de 1923 (73 anos) Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Direito do Recife Direito do Largo de São Francisco |
Parentesco | Marina Ruy Barbosa (tetraneta)[2] |
Partido | Liberal PRP |
Religião | catolicismo[1] |
Ocupação | |
Assinatura |
Ruy Barbosa de Oliveira(nota)[3][4][5][6] GCSE (Salvador, 5 de novembro de 1849 – Petrópolis, 1 de março de 1923) foi um político, jurista, advogado, diplomata, escritor, filólogo, jornalista, tradutor e orador brasileiro. Um dos intelectuais mais conhecidos do seu tempo, foi designado por Deodoro da Fonseca como representante do nascente governo republicano, tornando-se um de seus principais organizadores, além de coautor da constituição da Primeira República juntamente com Prudente de Moraes. Ruy Barbosa atuou na defesa do federalismo, do abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias individuais.[7]
Primeiro ministro da Fazenda do regime instaurado em novembro de 1889, chamado de República da Espada, teve sua breve e discutida gestão marcada pelo encilhamento, grave crise econômica provocada pelo aumento indiscriminado da emissão de papel-moeda. Ainda como ministro de Deodoro, mandou destruir parte importante dos registros documentais de propriedade de escravos, evitando assim que os antigos proprietários fossem ressarcidos. Foi também deputado e senador, tornando-se um opositor ferrenho do comunismo, que classificava como "a invasão do ódio entre as classes" e uma ameaça à liberdade cristã, assim como da vacinação obrigatória, classificando as vacinas como possíveis condutoras "da moléstia, ou da morte".[8][9][10][10][11] Ruy Barbosa foi ainda o criador da primeira bandeira da República do Brasil republicano, inspirada na bandeira dos Estados Unidos, que foi adotada pelo governo provisório por quatro dias, sendo substituída pela atual flâmula brasileira.[12]
Notável orador e estudioso da língua portuguesa, foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras (1897), ocupando a cadeira n.º 10, e seu presidente entre 1908 e 1919.[4] Como delegado do Brasil na II Conferência da Paz, em Haia (Holanda, 1907), notabilizou-se pela defesa do princípio da igualdade dos Estados. Por sua atuação nessa conferência, recebeu do Barão do Rio Branco o epíteto de "O Águia de Haia".[13] Teve papel decisivo na entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial. Já no final de sua vida, foi indicado para ser juiz do Tribunal Mundial, um cargo de enorme prestígio, que recusou.
Foi candidato à Presidência da República, na chamada "campanha civilista", contra o militar Hermes da Fonseca. Apesar de ser considerado um ícone do republicanismo brasileiro, Ruy Barbosa se desencantou com o sistema político que ajudou a implementar, realizando vários comentários antirrepublicanos em seus últimos anos de vida. Pouco famosas, suas críticas foram novamente trazidas à tona por movimentos monarquistas brasileiros no início do século XXI (embora Ruy Barbosa não tenha se tornado monarquista em vida).[14]
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