STEM é um acrónimo em língua inglesa para "science, technology, engineering and mathematics", que representa um sistema de aprendizado científico, o qual agrupa disciplinas educacionais em "ciência, tecnologia, engenharia e matemática" (CTEM).
Anteriormente era conhecido como SMET: "Science, Mathematics, Engineering and Technology".[1][2] Este é normalmente usado quando se trata de políticas educacionais e escolhas curriculares nas escolas para melhorar a competitividade no desenvolvimento da criatividade e da crítica através da ciência e tecnologia.[3] Tendo implicações no desenvolvimento da força de trabalho, preocupações com segurança nacional e política de imigração.
A "ciência" em STEM normalmente se refere a dois dos três principais ramos científicos: ciências naturais, incluindo biologia, física, química e, ciências formais, das quais a matemática é um exemplo, juntamente com lógica e estatística; o terceiro ramo principal da ciência, as ciências sociais, incluindo psicologia, sociologia e ciência política, são categorizadas separadamente dos outros dois ramos e, em vez disso, são agrupadas na área de humanidades e artes para formar outra sigla equivalente: HASS, em inglês —- ciências humanas, artes e ciências sociais.[4]
No sistema educacional dos Estados Unidos, nas escolas de ensino fundamental e médio, o termo ciência refere-se principalmente às ciências naturais, com a matemática sendo um assunto independente e, as ciências sociais são combinadas com as ciências humanas sob o termo geral "estudos sociais".
Metodologia STEAM no Brasil
A Metodologia STEAM no Brasil refere-se à abordagem educacional que integra as disciplinas de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, promovendo a interdisciplinaridade e o desenvolvimento de habilidades essenciais para o século XXI. O termo STEAM, derivado de STEM (Science, Technology, Engineering, and Mathematics), inclui a dimensão artística, reconhecendo a importância da criatividade e da expressão visual nas práticas educacionais. Esta metodologia tem ganhado destaque em instituições educacionais brasileiras, tanto no ensino fundamental quanto no médio. Escolas e professores tem adotado essa abordagem como uma estratégia para tornar o ensino mais dinâmico e alinhado às demandas do mercado de trabalho. A Rede SESI (Serviço Social da Indústria) de ensino é um das grandes referências no cenário da educação brasileira que utilizam esta metodologia em sua matriz curricular.
Princípios Fundamentais:
Integração Disciplinar: A Metodologia STEAM busca integrar naturalmente as disciplinas, proporcionando aos alunos uma compreensão completa dos conceitos e incentivando a resolução de problemas de maneira colaborativa.
Aprendizado Baseado em Projetos (Project Based Learning - PBL): Os estudantes são encorajados a aplicar conhecimentos teóricos na resolução de problemas do mundo real, através de projetos práticos e desafios, deste modo fomentando a criatividade e a inovação.
Desenvolvimento de Habilidades Socioemocionais: Além do conhecimento técnico, a metodologia enfatiza o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como trabalho em equipe, comunicação eficaz, pensamento crítico e resiliência.
Inclusão da Arte: A inclusão da dimensão artística reconhece a importância da expressão criativa, estimulando a imaginação e a inovação. A arte é vista como uma ferramenta para potencializar o aprendizado em ciências e matemática.
Tecnologia como recurso pedagógico: O uso de tecnologia é inerente ao STEAM, ferramentas digitais e práticas inovadoras são incorporadas para amplificar as possibilidades de aprendizado e preparar os alunos para os desafios tecnológicos da sociedade em que convivem.
Diferença de Gênero em STEM
Embora as mulheres representem 47% da força de trabalho[5] nos EUA, elas ocupam apenas 24% dos empregos STEM. A investigação sugere que expor as mulheres á inventoras desde adolescencia tem o potencial de reduzir para metade[6] a disparidade de género nos domínios técnicos STEM. Campanhas de organizações como o Hall da Fama dos Inventores Nacionais visavam alcançar um equilíbrio de género 50/50 nos seus programas STEM para jovens até 2020.
STEAM aliado a Educação Matemática Realística (Realistic Mathematics Education - RME)
Uma das alternativas para facilitar o processo de ensino e aprendizagem da disciplina de Matemática no ensino básico é utilizando a metodologia STEAM conectado a Educação Matemática Realística (RME)[7], que é uma abordagem idealizada por Hans Freudenthal de tornar ou considerar a matemática como uma atividade habitual de resolução de problemas na rotina dos seres humanos, pensar a matemática como um exercício de organização da realidade que vos cerca.
Metodologia STEAM e a Educação 4.0
O STEAM é identificado como um método ativo de aprendizagem, ou seja, definido como uma das metodologias que tem objetivo contínuo de propiciar aos estudantes o desenvolvimento do protagonismo discente, da autonomia na produção de saberes, em sala de aula. Aliado a abordagem educacional da Educação 4.0[8], em que o conceito de Cultura Maker entra em cena, do aprender fazendo, no sentido literal da palavra de colocar a mão na massa (“Hands-On”), percebe-se o quanto essas duas singularidades convergem para uma potencial corrente de mudança da tendência pedagógica tradicional encontrada ainda no cenário da educação brasileira.
Empregos
Em Novembro de 2012, o anúncio da Casa Branca antes da votação no Congresso sobre a Lei de Emprego STEM colocou o Presidente Obama em oposição a muitas das empresas e executivos de Silicon Valley que financiaram a sua campanha de reeleição.[1] O Departamento do Trabalho identificou 14 setores que são "projetados para aumentar números substanciais de novos empregos à economia ou afetar o crescimento de outras indústrias ou que estão se transformando pela tecnologia e inovação que exigem novos conjuntos de competências para os trabalhadores". os setores foram os seguintes: manufatura avançada, automotivo, construção, serviços financeiros, tecnologia geoespacial, segurança interna, tecnologia da informação, transporte, aeroespacial, biotecnologia, energia, saúde, hotelaria e varejo.
O Departamento de Comércio observa que as carreiras nas áreas STEM são algumas das mais bem remuneradas e têm o maior potencial de crescimento de empregos no início do século XXI. O relatório também observa que os trabalhadores STEM desempenham um papel fundamental no crescimento sustentado e na estabilidade dos EUA. economia, e a formação em áreas STEM geralmente resulta em salários mais elevados, quer trabalhem ou não numa área STEM.[2]
Em 2015, havia cerca de 9,0 milhões de empregos STEM nos Estados Unidos, representando 6,1% do emprego americano. Os empregos STEM estavam aumentando cerca de 9% ao ano.[3] A Brookings Institution descobriu que a procura de licenciados em tecnologia competentes excederá o número de candidatos capazes em pelo menos um milhão de indivíduos.
De acordo com o Pew Research Center, um trabalhador típico de STEM ganha dois terços mais do que aqueles empregados em outras áreas. [4]