Satanismo

O pentagrama invertido é um símbolo do satanismo.

O satanismo é um conjunto de crenças ideológicas e filosóficas e fenômenos sociais. As características comuns entre elas incluem associação simbólica, admiração e até veneração ao personagem religioso Satanás ou de outras figuras rebeldes similares, como Belzebu, e figuras libertadoras.

Existem diferentes vertentes dentro do termo satanismo, com diferentes crenças e práticas.[1]

Algumas das origens do satanismo podem ter começado com rituais de adoração e em honra ao titã Prometeu, ao deus egípcio Set, ao deus sumério Enki ou ao deus Moloque, adorado pelos amonitas.[1]

No cristianismo Satanás também é chamado de Lúcifer (portador da luz) por muitos cristãos e aparece pela primeira vez em algumas versões da Bíblia no livro das Crônicas, instigando o rei Davi a fazer um censo de Israel.

O cristianismo e o Islã tipicamente consideram Satanás como o adversário ou inimigo, mas muitas revisões e recomposições populares de contos bíblicos inseriram sua presença e influência em quase todos os aspectos de posição adversa, até à narração da Criação, em Gênesis e Queda do Homem[carece de fontes?].

A figura de Satanás foi tratada especialmente por cristãos e muçulmanos de forma variável, como um competidor rebelde em relação a Deus ou alguém invejoso dos seres humanos e de Jesus, caracterizado como anjo caído ou demônio, governador do submundo penitencial, acorrentado num poço fundo, vagando pelo planeta em busca de almas ou provendo ímpeto para farsas mundanas.

Frequentemente na tradição cristã, Satanás é apresentado como um anjo rebelde, insatisfeito com a decisão de Deus de eleger Jesus como o demiurgo da humanidade, aquele responsável por religar o homem a Deus[2].

Especificamente após o iluminismo, algumas obras, como Paraíso Perdido, foram tomadas pelos românticos e descritas como ilustradoras do Satanás bíblico como uma alegoria, representando crise de fé, individualismo, livre-arbítrio, sabedoria e iluminação. Essas obras demonstrando Satanás como um personagem heroico são poucas, mas existem; George Bernard Shaw, William Blake e Mark Twain (Letters from the Earth) incluíram tais caracterizações nos seus trabalhos bem antes de satanistas religiosos começarem a escrever, alguns dizem que tal época foi influenciada pelos anjos caídos. Foi então que Satanás e o satanismo começaram a ganhar novos significados fora do cristianismo.[3]

  1. a b «Significado de Satanismo». Significados. Consultado em 8 de abril de 2015 
  2. moacir (12 de novembro de 2019). «Papa: o diabo destrói o homem porque Deus se fez como nós». Notícias - Franciscanos. Consultado em 28 de outubro de 2022 
  3. Jesper Aagaard Petersen (2009). «Introduction: Embracing Satan». Contemporary Religious Satanism: A Critical Anthology. [S.l.]: Ashgate Publishing. ISBN 9780754652861 

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