Scala amoris

Representação de Sócrates e Diotima. Sócrates com um Discípulo e Diotima, Franc Kavčič, antes de 1810

Scala amoris (termo convencional, em latim) ou escada do amor é um conceito que se refere à noção platônica de uma elevação do amor em graus ascendentes. Em especial, ela é atribuída por Sócrates no diálogo platônico O Banquete à sacerdotisa Diotima de Mantineia, que caracteriza a analogia utilizando-se o termo “ἐπαναβασμοῖς” (épanabasmoîs, do grego antigo, “degraus”), em “Essa é a abordagem ou indução correta para questões de amor (ta erôtika). A partir de belezas óbvias, ele deve, pelo bem daquela beleza mais alta, subir sempre ao alto, como em degraus”.[1]

Platão, por meio de Sócrates em seus diálogos, aborda o conceito de amor definindo-o de forma abrangente sob o termo de Eros (em grego antigo, ἔρως), que foi utilizado significando desde o amor sexual ou romântico até um amor divino ideal (ver p. ex. amor platônico), em contraste com seu uso mais comum em referência ao amor corpóreo. A ideia do Eros em graus de elevação e intensidade variados remete à Teoria das Formas, como pode ser visto em O Banquete e Fedro (ver abaixo),[2][3] o que explica o amor platônico ser inclusivo de todos seus tipos, exemplificados do "eros" corpóreo aos conceitos divinos mais elevados, como philia ou ágape, este último posteriormente desenvolvido na filosofia.[4]

  1. Platão. O Banquete, 211b-c
  2. de Almeida, Yuri Galvão Oberlaender. (2018). Scala Amoris: Síntese da Educação Filosófica no Banquete de Platão. Dissertação de mestrado em Filosofia ao Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina.
  3. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :1
  4. Nicholson, Graeme (1999). Plato's Phaedrus: The Philosophy of Love (em inglês). Purdue University Press. ISBN 9781557531193. p. 221.

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