Seda de aranha é uma fibra proteica formada por biopolímeros secretados por glândulas especializadas ligadas às fieiras das aranhas. Embora muitas espécies de aranhas não construam teias, todas as espécies conhecidas produzem um ou mais tipos de seda,[1] tendo sido demonstrado que algumas espécies produzem pelo menos sete tipos daquele material.[2] A seda das aranhas inclui uma larga diversidade de fibras, predominantemente compostas por espidroína, um grupo complexo de proteínas repetitivas codificadas por uma família multigénica, com características excecionais de resistência mecânica, leveza, extensibilidade e elasticidade, sendo um dos materiais mais resilientes que se conhece. Com demonstrada biocompatibilidade, a seda das aranhas é utilizada na medicina tradicional como adjuvante da cicatrização de feridas cutâneas. Apesar de terem sido descritos métodos de recolha mecânica da seda,[3] a inabilidade de domesticar aranhas para produzir quantidades suficientes de proteínas, conduziu ao desenvolvimento de estratégias alternativas de produção, utilizando a tecnologia do DNA recombinante por manipulação genética de genes isolados nas glândulas sericígenas, visando produzir biomateriais com grande potencial para uso em medicina e engenharia.[4]
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