Socialismo liberal é uma filosofia política sendo uma variante do socialismo e que inclui princípios liberais dentro dela.[1] O socialismo liberal não tem o objetivo de abolir o capitalismo em favor de uma economia socialista;[2] em vez disso, ele suporta uma economia mista, baseada no socialismo de mercado, que inclui tanto a propriedade comum e a propriedade pública, quanto a propriedade privada dos bens de capital.[3][4]
Embora o socialismo liberal favoreça uma economia de livre mercado, ela identifica os monopólios legais e artificiais como culpa do capitalismo[5] e, portanto, se opõe totalmente ao laissez-faire do liberalismo econômico.[6] Ele considera tanto a liberdade e a igualdade de serem compatíveis e mutuamente dependentes uma da outra.[1]
Os princípios que podem ser descritos como "liberais socialistas" foram baseados ou desenvolvidos pelos seguintes filósofos: John Stuart Mill, Eduard Bernstein, G. D. H. Cole, John Dewey, Carlo Rosselli, Norberto Bobbio e Chantal Mouffe.[7] Outras figuras socialistas liberais importantes incluem Guido Calogero, Piero Gobetti, Leonard Trelawny Hobhouse e RH Tawney.[6] O socialismo liberal tem sido particularmente proeminente na política britânica e italiana.[6]
As ideias seminais do liberal-socialismo podem ser traçadas a John Stuart Mill. Mill teorizou que as sociedades capitalistas experimentariam um gradual processo de socialização através da coexistência entre empresas controladas por trabalhadores e empresas privadas.[8] Mill rejeitou modelos centralizados de socialismo, que poderiam desencorajar a competição e a criatividade, mas argumentou que a representação é essencial em um governo livre, e que a democracia não poderia subsistir caso as oportunidades não fossem bem distribuídas, concebendo a democracia, portanto, não apenas como uma forma de governo representativo, mas como uma organização social completa.[9]
Pierre-Joseph Proudhon, o teórico do mutualismo, é considerado por alguns como um dos precursores do socialismo liberal.[10]