Streptococcus agalactiae

Streptococcus agalactiae

Classificação científica
Reino: Bacteria
Filo: Firmicutes
Classe: Bacilli
Ordem: Lactobacillales
Família: Streptococcaceae
Género: Streptococcus
Espécie: S. agalactiae
Nome binomial
Streptococcus agalactiae
( Lehmann & Neumann 1896)

Streptococcus agalactiae ou Streptococcus beta hemolítico são estreptococos do grupo B (SGB) é um diplococo gram-positivo encapsulado, anaeróbio facultativo, e quase todos produzem hemólise completa (β) em placas de ágar sangue. É reconhecido desde 1970 como o principal agente de infeção bacteriana perinatal.[1] Estas bactérias podem-se identificar como microorganismos colonizantes no tubo digestivo e aparato intestinal dos humanos e podem causar morte fetal intrauterina, trabalho de parto permaturo e corioamnionitis. No recém-nascido (RN) é responsável por infeção neonatal precoce (até aos 6 dias de vida) e, mais raramente, por infeção tardia (dos 7 aos 90 dias de vida)[2][3][4]. Estão ainda descritos casos de infeção em lactentes com mais de três meses de idade, habitualmente com histórico de imunodeficiência ou idade gestacional (IG) inferior a 28 semanas.[5][6]

S. agalactiae é o patógeno humano mais comum de estreptococos pertencentes ao grupo B da classificação de estreptococos de Rebecca Lancefield. Os GBS são circundados por uma cápsula bacteriana composta por polissacarídeos (exopolissacarídeos). A espécie é subclassificada em dez sorotipos (Ia, Ib, II–IX) dependendo da reatividade imunológica da sua cápsula polissacarídica.

Como características morfológicas apresentam as mesmas comuns ao gênero Streptococcus. Podem colonizar o trato genital feminino e são a principal fonte de infecção neonatal durante a gravidez e pós-parto, associada a taxas de mortalidade críticas em partos prematuros.[7]

Colónias β-hemolíticas de Streptococcus agalactiae em ágar sangue 18 horas a 36°C
Streptococcus agalactiae em ágar granada, incubação anaeróbia
Granadaene
Teste CAMP positivo indicado pela formação de uma ponta em seta onde Streptococcus agalactiae se encontra com Staphylococcus aureus (linha média branca)
  1. Baker CJ, Barrett FF. Transmission of group B streptococci among parturiente women and their neonates. J Pediatr 1973; 83:919.
  2. Phares CR, Lynfield R, Farley MM, et al. Epidemiology of invasive group B streptococcal disease in the United States, 1999-2005. JAMA 2008; 299:2056.
  3. Krohn MA, Hillier SL, Baker CJ. Maternal peripartum complications associated with vaginal group B streptococci colonization. J Infect Dis 1999; 179:1410.
  4. Eichenwald EC. Perinatally transmitted neonatal bacterial infections. Infect Dis Clin North Am 1997; 11:223
  5. Hussain SM, Luedtke GS, Baker CJ, et al. Invasive group B streptococcal disease in children beyond early infancy. Pediatr infect Dis J 1995; 14:278.
  6. Guilbert J, Levy C, Cohen R, et al. Late and ultra late onset Streptococcus B meningites: clinical and bacteriological data over 6 years in France. Acta Paediatr 2010; 99:47.
  7. «A first in-depth look at the microbiome of human sperm». Tech Explorist (em inglês). 3 de fevereiro de 2020. Consultado em 3 de fevereiro de 2020 

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