Tabu alimentar é o tabu acerca de alimentos (bebidas e comidas) que as pessoas evitam ingerir em função de razões religiosas, culturais ou de saúde.
Várias religiões proíbem o consumo de certos tipos de carne. Por exemplo, o judaísmo prescreve um conjunto estrito de normas, chamadas cashrut, declarando o que pode e não pode ser ingerido. Certos grupos cristãos também obedecem a essas regras ou a similares. Na prática islâmica, as leis do halal ditam, entre outras coisas, os tipos de alimento que não podem ser comidos. Hindus, jainistas e budistas frequentemente seguem as recomendações quanto à prática do vegetarianismo e evitar o consumo de carne.
Os tabus culturais contra o consumo de alguns animais podem ser creditados à sua função de animal de estimação. Dentro de qualquer sociedade, alguns tipos de carne serão considerados tabu simplesmente porque estão fora da definição aceita como gênero alimentício, não necessariamente porque sejam consideradas repulsivas, no que diz respeito ao sabor, ao aroma, à textura ou à aparência.
Algumas autoridades impõem tabus alimentares culturais na forma da lei. Isto pode ser classificado como perseguição e infringir direitos. Por exemplo, mesmo depois da retomada do domínio chinês sobre Hong Kong, lá não houve a revogação do banimento das carnes de cães e gatos, imposta nos tempos coloniais.
Razões creditadas à saúde também contribuem para a criação e manutenção de um tabu. Comer carne de porco malcozida pode levar à teníase, enquanto muitos tipos de frutos do mar podem levar à intoxicação ou ao envenenamento alimentares.
Alguns tabus alimentares são atribuídos a efeitos de alimentos sobre pessoas em estado de saúde fragilizado, principalmente tratando-se de processos infecciosos. A ingestão desses alimentos, ditos carregados ou reimosos, dificultaria ou impediria o tratamento, podendo causar complicações sérias. Embora essa ideia tenha suporte de alguns profissionais de saúde, ainda continua controversa, carecendo de estudos.