Taifa de Almeria

A taifa de Almería (1037)

A taifa de Almería[1] foi um reino independente muçulmano que surgiu em 1012 no Alandalus como consequência da desintegração que, desde 1008, se vinha observando no Califado de Córdova. Foi extinto em 1091 sob a conquista pelos Almorávidas.

No século X, o porto de Almería era considerado um dos portos privilegiados da base naval do Califado de Córdova. No século seguinte, obtida a independência sob o governo de Jayrán, a sua importância manteve-se, chegando a ser, como reino independente, uma das taifas mais prósperas da Península. A cidade dispunha de, pelo menos, cinco portas, que guardava a entrada de uma cidade com cerca de um milhão de metros quadrados, labiríntica. Dessas cinco portas, os contemporâneos destacam três delas pela sua beleza, dispondo de um raro pátio interior (em todo o Alandalus apenas se encontram dois outros exemplos deste tipo de portas: uma em Sevilha e outra em Granada). Chegou a alojar um grande número de tecelões que criavam, entre outros belos tecidos de seda, um "tecido de Almería" que era exportado para quase todo o mundo árabe. As crónicas medievais destacam a actividade comercial da cidade e da sua cómoda situação financeira. Não obstante os tecidos serem um sucesso, o comércio de escravos (com os grandes centros em Pechina e Verdún, talvez os maiores da Europa), a ourivesaria e o mármore eram também produzidos e bastante exportados (chegaram a encontrar-se lápides funerárias de mármore de Macael na Nigéria).

  1. PIDAL, Menéndez, Historia de España (1999). Cap. VIII-I: Los Reinos de Taifas.

From Wikipedia, the free encyclopedia · View on Wikipedia

Developed by Tubidy