Talassemia | |
---|---|
Amostra de sangue de uma pessoa com talassemia delta beta | |
Sinónimos | Anemia do mediterrâneo |
Especialidade | Hematologia |
Sintomas | Fadiga, palidez, aumento de volume do baço, pele amarela, urina escura[1] |
Tipos | Alfa, beta[2] |
Causas | Anomalias genéticass (hereditárias)[3] |
Método de diagnóstico | Análises ao sangue, exames genéticos[4] |
Tratamento | Transfusões de sangue, terapia de quelação, ácido fólico[5] |
Frequência | 280 milhões (2015)[6] |
Mortes | 16 800 (2015)[7] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | D56, D56.9 |
CID-9 | 282.4, 282.40, 282.49 |
CID-11 | 330259189 |
OMIM | 141800 |
MedlinePlus | 000587 |
eMedicine | 958850, 396792 |
MeSH | D013789 |
Leia o aviso médico |
Talassemias são um grupo de doenças do sangue caracterizadas por anomalias na produção de hemoglobina.[2] Os sintomas dependem do tipo e podem variar desde nenhum sintoma até sintomas graves.[1] É frequente ocorrer anemia – diminuição do número de glóbulos vermelhos no sangue.[1] A anemia pode ser de ligeira a grave e causar sintomas como fadiga e palidez da pele.[1] Entre outros possíveis sintomas estão problemas nos ossos, aumento de volume do baço, pele amarela e urina escura.[1] Em crianças é possível ocorrer atraso no crescimento.[1]
As talassemias são anomalias genéticas herdadas dos progenitores.[3] Existem dois tipos principais: a talassemia alfa e a talassemia beta.[2] A gravidade da talassemia alfa e beta depende de quantos dos quatro genes da alfa globina ou dos dois genes da beta globina estão em falta.[3] O diagnóstico da doença é geralmente feito com análises ao sangue, incluindo hemograma completo, análises específicas para hemoglobina e exames genéticos.[4] É possível o diagnóstico antes do parto mediante diagnóstico pré-natal.[8]
O tratamento depende do tipo e gravidade da doença.[5] O tratamento da doença grave geralmente consiste em Transfusões de sangue em intervalos regulares, terapia de quelação com ferro e ácido fólico.[5] A terapia de quelação pode ser feita com deferoxamina ou deferasirox.[5] Em alguns casos pode ser considerado um transplante de medula óssea.[5] Entre as complicações estão o excesso de ferro no organismo resultante das transfusões, o que pode causar doenças doenças cardiovasculares, doenças do fígado, infeções e osteoporose.[1] Quando o baço aumenta excessivamente de volume, pode ser necessária a sua remoção ciúrgica.[1]
Em 2013, a talassemia afetava cerca de 280 milhões de pessoas, das quais 439 000 apresentavam doença grave.[9] A doença é mais comum entre pessoas de ascendência italiana, grega, do Médio Oriente, da Ásia do Sul ou africana.[2] A prevalência é idêntica entre homens e mulheres.[10] Em 2015 foi a causa de 16 800 mortes, uma diminuição em relação às 36 000 em 1990.[7][11] À semelhança das pessoas com anemia falciforme, as pessoas com talassemia menos grave são relativamente imunes à malária, o que explica o facto de a doença ser mais comum em regiões do mundo onde existe ou existiu malária.[12]