Tardígrados | |||||||||
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Ocorrência: Cretáceo–Recente | |||||||||
Classificação científica | |||||||||
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Classes | |||||||||
Tardigrada (do latim: tardus, lento + gradus, passo) é um filo de animais microscópicos segmentados, relacionados com os artrópodes. Popularmente são conhecidos como ursos-d'água ou como tardígrados, aportuguesamento derivado do nome do filo. Foram descritos pela primeira vez por J.A.E. Goeze em 1773. O nome Tardigrada foi dado por Spallanzani em 1777. São em maioria fitófagos, mas alguns são predadores, como o Milnesium tardigradum.
Muito resistentes, os tardígrados podem sobreviver a temperaturas variando desde pouco mais do que o zero absoluto (-273,15 °C) até os 150 °C,[1] a pressões de 6 mil atmosferas e 5 000 Gy de radiação, cerca de 1000 vezes mais que um ser humano pode suportar.[2]
Os tardígrados têm baixa expectativa de vida, mas, por terem um recurso de sobrevivência que consiste em dormência completa, se encolhendo e desidratando-se, desligando todos os seus sistemas e processos biológicos, podem sobreviver por muitos anos quando encontram condições ambientais que não dão suporte à maior parte da vida animal, permanecendo em estado criptobiótico. É neste estado que conseguem suportar condições ambientais extremas e posteriormente "voltam à vida", ao se reidratarem.
No ano de 2015, cientistas japoneses reviveram a espécie, que estava congelada há mais de 30 anos.[3]
Em 2021, pesquisadores afirmaram emaranhar um tardígrado temporariamente o incorporando a dois circuitos elétricos quânticos entrelaçados.[4] Algo visto com ceticismo pela comunidade científica.[5][6]