Tartesso

Tartesso
c. século XII a.C.c. 550 a.C. 

Tartessos c. 500 a.C.
Continente Europa
Região Península Ibérica
Países atuais Espanha e Portugal

Língua tartessiano

História  
• c. século XII a.C.  Fundação
• c. 550 a.C.  Dissolução

Tartesso[1][2][3] foi, segundo descobertas arqueológicas, uma civilização histórica situada ao sul da Península Ibérica, caracterizada por um misto de traços ibéricos pré-históricos e fenícios. Tinha o seu próprio sistema de escrita, identificado como tartessiano, presente em 97 inscrições no idioma tartesso. Tartesso é também a designação usada pelos gregos para a primeira civilização ibérica.[4][5]

Nos registos históricos, Tartesso (em grego: Ταρτησσός) é descrita como uma cidade portuária semimítica[6] na costa sul da Península Ibérica, onde hoje é a moderna Andaluzia, na Espanha, na foz do rio Guadalquivir. Aparece em fontes gregas e do Oriente Próximo a partir do primeiro milênio a.C. Heródoto, por exemplo, relata que se situava além das Colunas de Hércules.[4][5] Autores romanos tendiam a repetir as fontes gregas, mas por volta do final do primeiro milénio a.C. há indícios de que o nome Tartesso caiu em desuso e que a cidade se teria perdido devido a uma inundação, ainda que vários autores tenham tentado identificá-la por meio de outras cidades na área.[necessário esclarecer]

Tartesso era rica em metais. No século IV a.C., os historiador Éforo de Cime descreveu Tartesso como "um mercado muito próspero chamado Tartessos, com muito estanho transportado pelo rio, bem como ouro e cobre das terras celtas". O comércio de estanho era muito lucrativo na Idade do Bronze, uma vez que é um componente essencial do bronze e é comparativamente raro. Heródoto refere-se a um rei de Tartesso, Argantonio, presumivelmente coroado por sua riqueza em prata. Tartesso era um importante parceiro comercial dos fenícios, cuja presença na Ibéria data do século VIII a.C. e que construíram um porto próprio na região de Gadir (em grego: Γάδειρα; em latim: Gades, o que é hoje Cádis).

Jarro de Valdegamas (M.A.N. Madrid)

No século VI a.C., Tartesso parece desaparecer abruptamente da história, talvez eliminada por Cartago que, depois da batalha de Alália, teria feito pagar a aliança com os gregos. Outros dizem que foi refundada, sob condições pouco claras, com o nome de Carpia. Os romanos chamaram à ampla baía de Cádis Tartessius Sinus, mas o reino de Tartesso já não existia.[7]

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  7. Adolfo Schulten, Tartessos, Madrid, 1945.

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