Teodoro de Samos

 Nota: Para outros significados, veja Teodoro.

Teodoro, filho de Télecles[1] ou de Reco[2] foi um escultor, inventor e arquiteto grego do período Arcaico, ativo no século VI a.C. e natural de Samos.[carece de fontes?] Nenhum dos seus trabalhos havia sobrevivido até a época de Pausânias, segundo pesquisa deste geógrafo.[3]

Conforme ele aparece nos textos de Pausânias e de Heródoto, ele foi arquiteto e escultor entre 560 a.C e 520 a.C, e a ele foi creditada as obras Heréion de Samos e do anel de Polícrates.[4]

Junto com Reco é creditado por Pausânias como inventor da fundição de estátuas de bronze.[1] Segundo Diodoro Sículo, Teodoro era irmão de Télecles, ambos filhos de Reco.[2]

Teodoro e seu irmão Télecles esculpiram a estátua de madeira do Apolo Pítico para a ilha de Samos,[2] sendo que uma metade foi esculpida por Teodoro, em Samos, e a outra metade por Télecles, em Éfeso. Quando as duas metades foram unidas, o encaixe foi tão perfeito, que parecia ter sido obra de um único homem.[5] Segundo Diodoro Sículo, este método era desconhecido dos gregos, porém era familiar aos egípcios,[5] uma afirmação que é disputada por analistas modernos da arte egípcia.[6]

Foi ele que fez o selo de esmeralda, que era usado por Polícrates, tirano de Samos, que tinha muito orgulho deste anel.[1]

A tradição também atribui a Teodoro a invenção no nível de água, do esquadro de carpinteiro, Plínio diz que ele criou o cadeado e o torno, e Vitrúvio diz que ele desenhou o templo de Hera em Samos.

De acordo com William Smith, uma forma de conciliar relatos contraditórios sobre Teodoro de Samos é supor que houve dois personagens com este nome, da mesma família. O mais velho seria filho de Reco, neto de Fileu e irmão de Télecles, o mais novo seria filho de Télecles e sobrinho do Teodoro mais velho. O mais velho, o tio, seria arquiteto, escultor em bronze e em ferro, e teria construído o Heraião da ilha de Samos com seu pai, e a estátua de Apolo de Samos, com seu irmão. O mais novo, o sobrinho, teria florescido por volta de 560 a.C., e praticava a arte de gravar metais e gemas, sendo responsável pelo anel de Polícrates.[7]

  1. a b c Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 8.14.8 [em linha]
  2. a b c Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro I, 98.5 [ael/fr][en]
  3. Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 10.38.6 [em linha]
  4. Heródoto (2018). Histórias: Livro I. Lisboa: Edições 70. p. 85. ISBN 9724409015 
  5. a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro I, 98.6 [ael/fr][en]
  6. Heinrich Schäfer (Von ägyptischer Kunst3, Leipzig, 1930, pp350‑51), citado pelo tradutor de Diodoro Sículo (em alemão)
  7. William Smith, Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, Theodorus, artirts, 1 e Theodorus, artists, 2 [1]Arquivado em 16 de fevereiro de 2011, no Wayback Machine. [em linha]

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