Teoria do mito de Jesus

Teoria do mito de Cristo
Teoria do mito de Jesus
A Ressurreição de Cristo, por Carl Heinrich Bloch (1700). Alguns mitólogos veem isso como um arquétipo de uma deidade de vida, morte e ressurreição.
Descrição Cogita-se que Jesus de Nazaré nunca existiu, ou se existiu, não teve praticamente nada a ver com a fundação do cristianismo e os relatos nos evangelhos.
Primeiros defensores Charles François Dupuis (1742–1809)
Constantin-François Chassebœuf (1757–1820)
Bruno Bauer (1809–1882)
Arthur Drews (1865–1935)
Defensores modernos G.A. Wells, Alvar Ellegård, Robert M. Price, Richard Carrier, Earl Doherty
Temas Jesus histórico, cristianismo primitivo, história antiga

A teoria do mito de Cristo (também conhecida como a teoria do mito de Jesus, Jesus mítico ou a teoria da não-historicidade de Jesus, ou ainda a hipótese da inexistência de Jesus)[1] é a visão de que a pessoa conhecida como Jesus de Nazaré não teve existência histórica.[2] Alguns defensores da teoria[3][4][5][6] alegam que os eventos ou frases associados com a figura de Jesus no Novo Testamento podem ter sido elaborados a partir de uma ou mais pessoas que realmente existiram, mas que nenhuma delas era, em nenhum sentido, o fundador do cristianismo.[7][8] Alternativamente, nos termos de Bart Ehrman parafraseando Earl Doherty, "o Jesus histórico não existiu. Ou, se existiu, não teve praticamente nada a ver com as origens do cristianismo".[i] A opinião predominante sugere que a existência de Jesus histórico pode ser determinada usando documentos e outras evidências, embora a maioria sustente que muito do material no Novo Testamento não deve ser tomado ao pé da letra.[10]

A teoria do mito de Cristo é uma teoria marginal, apoiada por poucos acadêmicos ou especialistas eméritos em credibilidade bíblica ou disciplinas cognatas.[11][12][13] A teoria se afasta da visão histórica de Jesus que — embora os evangelhos incluíssem muitos elementos míticos —, são elaborações religiosas adicionadas aos relatos do Jesus histórico que foi crucificado no século I, na província romana da Judeia.[14][15][16]

Os antecedentes da teoria podem ser remontados até os pensadores do Iluminismo francês Constantin-François Volney e Charles François Dupuis, na década de 1790. O primeiro acadêmico a defender tal tese foi o historiador do século XIX e teólogo Bruno Bauer e outros defensores como Arthur Drews foram notáveis nos estudos bíblicos durante o início do século XX. Autores como George Albert Wells, Robert M. Price, Richard Carrier e Earl Doherty recentemente repopularizaram a teoria entre o público leigo.

  1. Lataster (2015a)
  2. Gullotta (2017), p. 310.
  3. Ehrman 2012, pp. 12–13.
  4. Price 2011, pp. 17, 421.
  5. Wells 2007, p. 446.
  6. Van Voorst 2000, p. 6.
  7. Farmer 1975, p. 43
  8. Price, Robert M. "Of Myth and Men", Free Inquiry magazine, Volume 20, Number 1, accessed August 2, 2010.
  9. Ehrman (2012), pp. 12, 347, n. 1.
  10. Stanton, Graham. The Gospels and Jesus. Oxford University Press, 2002, p. 145 (first published 1989).
    • Wells, G. A. "Jesus, Historicity of" Tom Flynn (ed.) The New Encyclopedia of Disbelief. Prometheus, 2007, p. 446.
    • For a summary of the mainstream position, see Eddy, Paul R. and Boyd, Gregory A. The Jesus Legend: A Case for the Historical Reliability of the Synoptic Jesus Tradition. Baker Academic, 2007, pp. 24–27.
    • Veja também Dickson, March 21, 2008.
  11. Van Voorst (2003), pp. 658, 660.
  12. Burridge & Gould (2004), p. 34.
  13. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Ehrman Blog
  14. Ehrman (2012)
  15. Stanton (2002), pp. 143ff.
  16. "The radical solution was to deny the possibility of reliable knowledge of Jesus, and out of this developed the Christ myth theory, according to which Jesus never existed as a historical figure and the Christ of the Gospels was a social creation of a messianic community." Farmer 1975, p. 43


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