The Jungle ou A Selva é um romance de 1906 escrito pelo jornalista e escritor estadunidense Upton Sinclair (1878-1968).[1] Sinclair escreveu o romance para retratar as condições ásperas e as vidas exploradas dos imigrantes nos Estados Unidos em Chicago e em cidades industrializadas similares.[2]
O livro descreve a pobreza da classe trabalhadora, a falta de apoios sociais, além de condições de vida e de trabalho duras e desagradáveis e uma desesperança entre muitos trabalhadores. Estes elementos são contrastados com a corrupção profundamente enraizada das pessoas no poder. Uma crítica do escritor Jack London chamou-a de "Uncle Tom's Cabin da escravidão assalariada".[3]
No entanto, a maioria dos leitores estava mais preocupada com várias passagens que expunham violações de saúde e práticas anti-higiênicas na indústria americana de frigoríficos durante o início do século XX, o que muito contribuiu para um clamor público que levou a reformas, incluindo a Lei de Inspeção de Carne. Sinclair disse sobre a reação do público: "Mirei no coração do público e, por acidente, acertei-o no estômago".[4]
Sinclair era considerado um muckraker (eram jornalistas de mentalidade reformista), um jornalista que expôs a corrupção no governo e nos negócios.[5] Em 1904, Sinclair passou sete semanas coletando informações enquanto trabalhava incógnito nos frigoríficos dos currais de Chicago para o jornal socialista Appeal to Reason. Ele publicou o romance em série em 1905 no jornal, e foi publicado como livro pela Doubleday em 1906.