Tiroidite de Hashimoto | |
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Tiroide de indivíduo com tiroidite de Hashimoto observada em microscópio de baixa ampliação | |
Sinónimos | Tiroidite linfocítica crónica, tiroidite autoimune, struma lymphomatosa, doença de Hashimoto |
Especialidade | Endocrinologia |
Sintomas | Bócio indolor, aumento de peso, fadiga, obstipação, depressão[1] |
Complicações | Linfoma da tiroide[2] |
Início habitual | 30–50 anos de idade[1][3] |
Causas | Fatores genéticos e ambientais[4] |
Fatores de risco | Antecedentes familiares, outras doenças autoimunes[1] |
Método de diagnóstico | TSH, T4, anticorpos antitiroidianos[1] |
Condições semelhantes | Doença de Graves, bócio nodular não tóxico[5] |
Tratamento | Levotiroxina, cirurgia[1][5] |
Frequência | 5% em algum momento da vida[4] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | E06.3 |
CID-9 | 245.2 |
CID-11 | 972507934 |
OMIM | 140300 |
DiseasesDB | 5649 |
MedlinePlus | 000371 |
eMedicine | 120937 |
MeSH | D050031 |
Leia o aviso médico |
Tiroidite de Hashimoto é uma doença autoimune em que a glândula tiroide vai sendo gradualmente destruída.[1][6] No início da doença podem-se não manifestar sintomas.[1] Ao longo do tempo, a tiroide pode ir aumentando de volume, formando um bócio indolor.[1] Algumas pessoas desenvolvem hipotiroidismo, que se manifesta por sintomas como aumento de peso, fadiga, obstipação, depressão e dores generalizadas.[1] Após vários anos, a tiroide geralmente diminui de volume.[1] Entre as possíveis complicações está o linfoma da tiroide.[2]
Pensa-se que a tiroidite de Hashimoto se deva a uma combinação de fatores genéticos e ambientais.[4] Entre os fatores de risco estão antecedentes familiares da doença e historial de outras doenças autoimunes.[1] O diagnóstico é confirmado com análises ao sangue para detecção de Hormona estimulante da tiroide, T4 e anticorpos antitiroidianos.[1] Entre outras condições que causam sintomas semelhantes estão a doença de Graves e o bócio nodular não tóxico.[5]
A tiroidite de Hashimoto é geralmente tratada com levotiroxina.[1][7] Nos casos sem presença de hipotiroidismo, pode ser recomendado que não seja feito qualquer tratamento ou pode ser tentada a diminuição do volume do bócio.[1][8] As pessoas afetadas devem evitar a ingestão de grandes quantidades de iodo, embora o corpo necessite da quantidade suficiente de iodo, sobretudo durante a gravidez.[1] Só em casos raros é necessária cirurgia para tratar o bócio.[5]
A tiroidite de Hashimoto afeta cerca de 5% da população em algum momento da vida.[4] Tem geralmente início entre os 30 e 50 anos de idade e é muito mais comum entre mulheres do que entre homens.[1][3] A prevalência da doença parece estar a aumentar.[5] A doença foi descrita pela primeira vez em 1912 pelo médico japonês Hakaru Hashimoto.[9] Em 1957 foi reconhecida como doença autoimune.[10]