Trofoblasto

tr.: trofoblasto.

O trofoblasto (do grego threphein: alimentar) é a camada mais externa do blastocisto. [1] É considerado o primeiro dos anexos embrionários. Libera um hormônio, a gonadotrofina coriônica humana que mantém os níveis de progesterona, sustentando assim a gravidez. [2]

O trofoblasto é formado por duas camadas de células: o sinciciotrofoblasto e o citotrofoblasto. O citotrofoblasto constitui a camada mais interna de células (mononucleadas). Dele se deriva o sinciciotrofoblasto (camada mais externa de células), através da perda das membranas intercelulares.

O sinciciotrofoblasto forma então um infiltrado de células no endométrio. Aos poucos, lacunas se formam e essas são preenchidas com fluidos e secreções uterinas. Com o crescimento dessas lacunas e o crescimento do sinciciotrofoblasto para dentro da parede uterina, capilares do endométrio são atingidos, e sangue materno passa a preencher esses espaços. [3] Por volta da segunda semana, é estabelecida então, uma circulação uteroplacentária primitiva. Durante esse tempo, o citotrofoblasto forma colunas celulares que penetram e são cercadas pelo sinciciotrofoblasto. Essas colunas são denominadas vilosidades primárias.[4]

Na terceira semana, o desenvolvimento do trofoblasto continua com a formação das vilosidades secundárias. Essas se formam com a penetração de células mesodérmicas no centro das vilosidades primárias. Ao final dessa semana, as células mesodérmicas começam a se diferenciar em células sanguíneas, passando a vasos sanguíneos, que formam o sistema capilar da vilosidade. A partir desse momento, as vilosidades são denominadas terciárias ou definitivas. [4] Com o contato entre os capilares vilosos e os da placa coriônica e do pedúnculo embrionário, o sistema está pronto para formecer nutrientes e oxigênio ao embrião.

A partir do quarto mês, as células do citotrofoblasto e algumas do tecido conjuntivo desaparecem. O sinciciotrofoblasto e a parede endotelial se tornam então, as únicas camadas separando as circulações materna e fetal.


Referências

  1. «Gravidez». home.uevora.pt. Consultado em 8 de abril de 2019 
  2. Gonçalves, Fabiana Santos. "Segmentação" no site InfoEscola.com
  3. «The trophoblast». www.embryology.ch. Consultado em 7 de abril de 2019. Cópia arquivada em 31 de outubro de 2014 
  4. a b Sadler, T.W (2013). Embriologia Médica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara. pp. 32–87 

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