Upanixade

Os Upanixades,[1] também grafados Upanishads, Upanissades[2] e Upanichades[3] (em sânscrito, उपनिषद् , Upaniṣad), são parte das escrituras Shruti hindus, que discutem religião e que são consideradas pela maioria das escolas do hinduísmo como instruções religiosas. Contêm também transcrições de vários debates espirituais, e 12 de seus 123 livros são considerados básicos por todos os hinduístas.

Surgiram como comentários sobre os Vedas, sua finalidade e essência, sendo portanto conhecidos como Vedānta ("o fim do Veda"). O termo Upanixade deriva das palavras sânscritas upa ("perto"), ni ("embaixo") e chad ("sentar"), representando o ato de sentar-se no chão, próximo a um mestre espiritual, para receber instrução. Os professores e estudantes são vistos em uma série de posições sentadas (o marido respondendo questões sobre imortalidade, um adolescente sendo ensinado pela morte, etc.). Às vezes, os sábios são mulheres, e, outras vezes, as instruções (ou antes, inspirações) são dadas por reis.

Estas obras se tornaram conhecidas no mundo ocidental, pela primeira vez, no início do século XIX, através de uma tradução feita do Persa para o Latim por Abraham Hyacinthe Anquetil-Duperron, que influenciou fortemente o pensamento do filósofo alemão Arthur Schopenhauer.[4]

  1. Machado, José Pedro. Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa. 3.º N-Z 2.ª ed. [S.l.]: Livros Horizonte/Editorial Confluência. ISBN 972-24-0845-3 
  2. Marta, Eunice; Ciberdúvidas da Língua Portuguesa – A escrita de latinismos
  3. SCHULBERG, L. Índia histórica. Tradução de J. A. Pinheiro Lemos. Rio de Janeiro. Livraria José Olympio Editora. 1979. p. 181.
  4. BIANCHINI, Flávia; REDYSON, Deyve. A obra Oupnek'hat na filosofia de Schopenhauer. Litterarius, 11 (2): 157-184, 2012.

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