Varicela | |
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Criança com varicela | |
Sinónimos | Catapora (Brasil) |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Bolhas muito pruriginosas, dores de cabeça, perda de apetite, cansaço[1] |
Início habitual | 10–21 dias após exposição[2] |
Duração | 5–7 dias[1] |
Causas | Vírus varicela-zoster[3] |
Prevenção | Vacina contra a varicela[4] |
Medicação | Calamina em pomada, paracetamol, aciclovir[2] |
Mortes | 6400 (com herpes zoster)[5] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | B01 |
CID-9 | 052 |
CID-11 | 1805574500 |
DiseasesDB | 29118 |
MedlinePlus | 001592 |
eMedicine | ped/2385 derm/74, emerg/367 |
MeSH | D002644 |
Leia o aviso médico |
Varicela, também conhecida no Brasil por catapora, é uma doença altamente contagiosa causada pela infeção inicial com o vírus varicela-zoster (VVZ).[3] A doença provoca erupções cutâneas características na pele, a partir das quais se formam pequenas bolhas muito pruriginosas que ganham crosta.[1] Tem geralmente início no peito, nas costas e na face, espalhando-se depois para o resto do corpo.[1] Entre outros possíveis sintomas estão febre, fadiga e dores de cabeça.[1] Os sintomas começam-se a manifestar entre dez a vinte e um dias após a exposição ao vírus[2] e geralmente duram entre cinco a dez dias.[1] As complicações podem incluir pneumonia, inflamação do cérebro e infeções da pele por bactérias.[6] A doença é frequentemente mais grave em adultos do que em crianças.[7]
A varicela é geralmente transmitida por via aérea, propagando-se facilmente através das gotículas produzidas pela tosse e espirros de uma pessoa infetada.[2] A pessoa infetada é contagiosa desde um a dois dias antes do aparecimento da erupção cutânea até que todas as lesões tenham ganho crosta.[2] Pode também ser transmitida pelo contacto direto com as bolhas.[2] As pessoas com zona podem transmitir varicela às pessoas que não estejam imunes através de contacto com as lesões.[2] O diagnóstico da doença geralmente baseia-se nos sintomas.[8] Em casos pouco comuns, pode ser confirmado com um exame da reação em cadeia da polimerase (RCP) do líquido das bolhas.[7] Pode ainda ser realizado um exame aos anticorpos no sangue para determinar se a pessoa é ou não imune.[7] Geralmente as pessoas só desenvolvem a doença uma vez na vida.[2] Embora possam ocorrer novas infeções, estas reinfeções geralmente não causam quaisquer sintomas.[9]
A vacina contra a varicela esteve na origem de uma diminuição acentuada do número de casos e complicações da doença.[4] A vacina protege da doença entre 70 e 90% das pessoas, com maior benefício para os casos mais graves.[7] Muitos países recomendam a vacinação de rotina das crianças.[10] A vacinação no prazo de três dias após a exposição pode melhorar o prognóstico em crianças.[11] O tratamento de pessoas infetadas consiste em pomada de calamina para diminuir a comichão, em manter as unhas cortadas para diminuir as lesões provocadas ao coçar e na administração de paracetamol para diminuir a febre.[2] Nos grupos em maior risco de complicações, está recomendada a administração de antivirais como o aciclovir.[2]
A varicela ocorre em todas as partes do mundo.[7] Em 2013 ocorreram 140 milhões de casos de varicela e de herpes zoster em todo o mundo.[12] Antes da vacinação de rotina, o número de casos anuais era semelhante ao número de pessoas nascidas nesse ano.[7] Desde a introdução da vacina, o número de infeções diminuiu 90%.[7] Um em cada 60 000 casos resulta em morte.[7] Em 2015 a varicela causou 6400 mortes em todo o mundo, uma diminuição em relação às 8900 em 1990.[5][13] Até ao fim do século XIX, a varicela e a varíola eram consideradas a mesma doença.[7] Foi em 1888 que se concluiu estar associada à herpes zoster.[7]