Vertigem

Vertigem
Vertigem
Nistagmo horizontal, um sinal que pode acompanhar a vertigem.
Especialidade otorrinolaringologia, neurologia, audiologista, fonoaudiólogo
Classificação e recursos externos
CID-10 H81, R42
CID-9 438.85, 780.4
CID-11 1398634694
DiseasesDB 29286
eMedicine article/1159385
MeSH D014717
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Vertigem é quando uma pessoa sente que ela ou os objetos à sua volta se encontram em movimento quando na realidade não estão.[1] A sensação assemelha-se a um movimento de rotação ou desequilíbrio.[1][2] As vertigens podem estar associadas a náuseas, vómitos, suores e dificuldades em caminhar que geralmente se agravam quando se movimenta a cabeça. A vertigem é a forma mais comum de tonturas.[2]

A vertigem corresponde a um problema numa parte do aparelho vestibular.[2] A vertigem pode ser um sintoma de várias doenças. As doenças mais comuns que provocam vertigens são a vertigem posicional paroxística benigna, doença de Ménière e labirintite.[1][2] Entre as causas menos comuns de vertigens estão acidentes vasculares cerebrais, tumores cerebrais, lesões cerebrais, esclerose múltipla e enxaquecas.[2] As vertigens fisiológicas podem ocorrer na sequência da exposição ao movimento durante um período prolongado de tempo, como a bordo de um barco ou em viagem de automóvel, ou apenas pela pessoa rodar sobre si própria com os olhos fechados.[3][4] Entre outras causas podem estar a exposição a toxinas como o monóxido de carbono, álcool ou aspirina.[5] Entre outras possíveis causas de tonturas estão a pré-síncope, desequilíbrio e tonturas sem origem específica.[2]

A vertigem posicional paroxística benigna tem mais probabilidade de ocorrer em pessoas que enfrentam vários episódios de vertigem derivada do movimento, não ocorrendo vertigens fora destes episódios.[6] Os episódios deste tipo de vertigem duram geralmente menos de um minuto e pode ocorrer nistagmo.[2] Este tipo pode ser diagnosticado com o teste de Dix-Hallpike[1] Na vertigem com origem na doença de Ménière's, verifica-se frequentemente zumbido nos ouvidos e perda de audição. Os episódios deste tipo duram mais de vinte minutos.[6] Na labirintite a vertigem aparece de forma súbita e ocorre nistagmo mesmo sem movimento.[6] Neste tipo, a vertigem pode durar vários dias.[2] No diagnóstico devem ainda ser consideradas causas mais graves,[6] principalmente se as vertigens forem acompanhadas de fadiga, dores de cabeça, visão dupla ou dormência.[2]

As tonturas afetam aproximadamente 20–40% das pessoas em algum momento da vida, embora apenas 7,5–10% apresentem vertigem.[7] Em cada ano, cerca de 5% das pessoas manifestam pelo menos um episódio de vertigem. A doença vai ficando mais comum com a idade e afeta três a quatro vezes mais mulheres do que homens. Nos países desenvolvidos, a vertigem é responsável por 2–3% das admissões nos serviços de emergência.[8]

  1. a b c d Post, RE; Dickerson, LM (2010). «Dizziness: a diagnostic approach». American Family Physician. 82 (4): 361–369. PMID 20704166 
  2. a b c d e f g h i Hogue, JD (junho de 2015). «Office Evaluation of Dizziness.». Primary care. 42 (2): 249–258. PMID 25979586. doi:10.1016/j.pop.2015.01.004 
  3. Falvo, Donna R. (2014). Medical and psychosocial aspects of chronic illness and disability 5 ed. Burlington, MA: Jones & Bartlett Learning. p. 273. ISBN 9781449694425 
  4. Wardlaw, Joanna M. (2008). Clinical neurology. London: Manson. p. 107. ISBN 9781840765182 
  5. Goebel, Joel A. (2008). Practical management of the dizzy patient 2nd ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. p. 97. ISBN 9780781765626 
  6. a b c d Kerber, KA (2009). «Vertigo and dizziness in the emergency department». Emergency medicine clinics of North America. 27 (1): 39–50. PMC 2676794Acessível livremente. PMID 19218018. doi:10.1016/j.emc.2008.09.002 
  7. von Brevern, M; Neuhauser, H (2011). «Epidemiological evidence for a link between vertigo & migraine». Journal of vestibular research: equilibrium & orientation. 21 (6): 299–304. PMID 22348934. doi:10.3233/VES-2011-0423 
  8. Neuhauser HK, Lempert T (novembro de 2009). «Vertigo: epidemiologic aspects». Semin Neurol. 29 (5): 473–81. PMID 19834858. doi:10.1055/s-0029-1241043 

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