Violas portuguesas

Viola amaratina

As violas portuguesas são um conjunto de instrumentos musicais de Portugal, todas diferentes entre si mas estreitamente aparentadas.

Trata-se de cordofones beliscados, com a caixa em forma de “8”, e ordens duplas (às vezes triplas) de cordas. Apesar de a caixa ter a forma de “8”, estes instrumentos não estão relacionados com a guitarra (violão). Enquanto que a guitarra foi introduzida em Portugal no séc. XVIII a partir de França e tem 6 cordas simples, as violas portuguesas são mais antigas[1], desenvolveram-se a partir da vihuela ibérica, são menores e têm 5 cordas duplas. Devido ao uso generalizado em Portugal da palavra “viola” para designar a guitarra, é comum chamar a estas violas de “violas de 10 cordas”. No entanto, não há registos de serem chamadas “guitarras de 10 cordas”.

Segundo Veiga de Oliveira[2], as violas podem agrupar-se em dois grandes grupos conforme o formato da caixa: o grupo das violas de enfranque acentuado, nas terras do interior, e o grupo das violas de pequeno enfranque, com a caixa com a forma de um “8”, mas com proporções mais estreitas que a guitarra (embora, modernamente, se construam violas com proporções similares à guitarra), nas terras do litoral e nas ilhas. Algumas delas encontram-se em vias de extinção, mas outras continuam gozando de grande popularidade, apesar de estarem adstritas à interpretação de música popular. De Portugal, estes instrumentos foram levados para o Brasil[1] onde se transformaram na viola caipira ou viola sertaneja.

  1. a b Viola Caipira
  2. Instrumentos Musicais Populares Portugueses (Oliveira, Ernesto Veiga de; Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa, 1982)

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