Virgindade comumente se refere ao estado de quem é virgem, isto é, alguém que nunca teve relações sexuais.[1] No entanto, o conceito de virgindade é construído pela sociedade, baseado em critérios tanto biológicos quanto socioculturais, e desta forma pode variar grandemente entre as culturas, além de ter sido modificado[2] ao longo do tempo por questões políticas e religiosas. Em alguns meios sociais ou religiosos, importam-se muito com a preservação da virgindade antes do casamento.
Biologicamente, virgindade pode ser definida como o atributo de uma pessoa (ou animal) que nunca foi submetida a qualquer tipo de relação sexual (conjunção carnal) e por tal, no caso mais específico das fêmeas, a nenhum contato com esperma e inseminação por meios naturais; conceito estendido atualmente também às inseminações artificiais.
Nas fêmeas de animais dotados de hímen é popularmente atrelada à não violação desse. Há contudo mulheres virgens nas quais naturalmente não se verifica a presença de tal película no órgão reprodutor, e há inclusive aquelas nas quais não se encontra naturalmente vestígios da membrana; sendo a definição popular, por esses e outros motivos, incompleta frente à biológica.[3]
Em muitas religiões, virgindade atrela-se à pureza, à não maculação, tanto da alma como do corpo humano; o que estende o conceito inclusive à ausência de autossatisfação sexual. A religião cristã tanto em perspectiva cristã quanto muçulmana, estabelece que a Virgem Maria, a mãe de Jesus (Isa na fé islâmica), o teria concebido e dado-o à luz sem qualquer contato com progenitor ou gameta masculinos; sendo sua gravidez resultado de uma intervenção divina; o que a torna, ao menos nesses sistemas de crenças, a única mulher a dar à luz sem ser maculada: a Virgem Maria; a "Santa Maria, mãe de Deus" — conforme descrito na oração cristã em sua homenagem, a Ave Maria. Nas crenças católica e ortodoxa, ela teria ainda permanecido virgem pelo resto de sua vida.
O termo virgindade é polissêmico e também remete à não utilização, como em sistemas de computador,[4] CDs, DVDs e outras mídias graváveis. O azeite pode ser chamado de virgem ou extravirgem, caso tratar-se da primeira prensagem e não houver óleo refinado.