Vladimir Putin

Vladimir Putin
Владимир Путин
Vladimir Putin
Putin em 2024
4Presidente da Rússia
No cargo
Período 7 de maio de 2012
a atualidade
Antecessor(a) Dmitri Medvedev
2.º Presidente da Rússia
Período 7 de maio de 2000
a 7 de maio de 2008
Antecessor(a) Boris Iéltsin
Sucessor(a) Dmitri Medvedev
11.º Primeiro-Ministro da Rússia
Período 7 de maio de 2008
a 7 de maio de 2012
Antecessor(a) Viktor Zubkov
Sucessor(a) Dmitri Medvedev
7.º Primeiro-Ministro da Rússia
Período 9 de agosto de 1999
a 7 de maio de 2000[nota 1]
Antecessor(a) Sergei Stepashin
Sucessor(a) Mikhail Kasyanov
Diretor do Serviço Federal de Segurança
Período 25 de julho de 1998
a 29 de março de 1999
Antecessor(a) Nikolay Kovalyov
Sucessor(a) Nikolai Patrushev
Vice-prefeito de São Petesburgo
Período março de 1994
a junho de 1996
Antecessor(a) Vladimir Yakovlev
Sucessor(a) Sem dados
Dados pessoais
Nome completo Vladimir Vladimirovitch Putin
Nascimento 7 de outubro de 1952 (72 anos)
Leningrado, RSFSR, União Soviética
Alma mater Universidade Estatal de Leningrado
Cônjuge Ludmila Putina (1983–2013)
Filhos(as) Maria Putina (n. 1985)
Ekaterina Putina (n. 1986)[nota 2]
Partido Independente (2012–presente)
Rússia Unida (2008–2012)
Unidade (1999–2001)
Nossa Terra (1995–1999)
PCUS (antes de 1991)
Religião Cristão Ortodoxo Russo
Profissão Ex-agente do KGB e político
Assinatura Assinatura de Vladimir Putin
Website Página oficial
Serviço militar
Lealdade  União Soviética
 Rússia
Serviço/ramo KGB
FSB
Forças Armadas da Rússia
Anos de serviço
  • 1975–1991
  • 1997–1999
  • 2000–presente
Graduação
  • Coronel
    Conselheiro de Estado Ativo de 1.ª classe da Federação Russa
Comandos Supremo Comandante-em-Chefe
Conflitos

Vladimir Vladimirovitch Putin (russo: Влади́мир Влади́мирович Пу́тин, AFI: [vɫɐˈdʲimʲɪr vɫɐˈdʲimʲɪrəvʲɪtɕ ˈputʲɪn]; Leningrado, 7 de outubro de 1952) é um político russo e ex-oficial de inteligência que atua como presidente da Rússia desde 2012.

Putin ocupou cargos contínuos como presidente ou primeiro-ministro desde 1999: como primeiro-ministro de 1999 a 2000 e de 2008 a 2012, e como presidente de 2000 a 2008. Ele é o líder russo ou soviético mais antigo desde Josef Stalin.

Putin trabalhou como oficial de inteligência estrangeira da KGB durante 16 anos, ascendendo ao posto de tenente-coronel antes de renunciar em 1991 para iniciar uma carreira política em São Petersburgo. Em 1996, mudou-se para Moscou para ingressar na administração do presidente Boris Yeltsin. Ele serviu brevemente como diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB) e depois como secretário do Conselho de Segurança da Rússia antes de ser nomeado primeiro-ministro em agosto de 1999. Após a renúncia de Yeltsin, Putin tornou-se presidente interino e, em menos de quatro meses, foi eleito para o seu primeiro mandato como presidente. Posteriormente, foi reeleito em 2004. Devido às limitações constitucionais de dois mandatos presidenciais consecutivos, Putin serviu novamente como primeiro-ministro de 2008 a 2012 no governo de Dmitry Medvedev. Retornou à presidência em 2012, após uma eleição marcada por denúncias de fraudes e protestos, sendo reeleito em 2018. Em abril de 2021, após um referendo, ele sancionou emendas constitucionais que lhe permitiam concorrer à reeleição mais duas vezes, potencialmente estendendo sua presidência até 2036.

Durante o mandato presidencial inicial de Putin, a economia russa cresceu, em média, sete por cento ao ano, impulsionada por reformas económicas e por um aumento de cinco vezes no preço do petróleo e do gás.[4][5] Além disso, Putin liderou a Rússia num conflito contra os separatistas chechenos, restabelecendo o controle federal sobre a região. Enquanto servia como primeiro-ministro no governo Medvedev, supervisionou um conflito militar com a Geórgia e promulgou reformas militares e policiais. No seu terceiro mandato presidencial, a Rússia anexou a Crimeia e apoiou uma guerra no leste da Ucrânia através de diversas incursões militares, resultando em sanções internacionais e numa crise financeira. Também ordenou uma intervenção militar na Síria para apoiar o seu aliado Bashar al-Assad durante a Guerra Civil Síria, garantindo bases navais permanentes no Mediterrâneo Oriental.[6][7] No seu quarto mandato presidencial, lançou uma invasão significativa da Ucrânia em fevereiro de 2022, que suscitou condenação mundial e levou a sanções internacionais. Em setembro de 2022, anunciou uma mobilização parcial e anexou à força quatro oblasts ucranianos à Rússia. Em março de 2023, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Putin por crimes de guerra relacionados com a sua alegada responsabilidade criminal por raptos ilegais de crianças durante a guerra ucraniana. Em junho de 2023, sobreviveu à rebelião do Grupo Wagner.

Sob a liderança de Putin, a Rússia sofreu um retrocesso democrático e uma mudança para o autoritarismo. O seu governo foi marcado por corrupção endêmica e violações generalizadas dos direitos humanos, incluindo a prisão e repressão de opositores políticos, intimidação e censura dos meios de comunicação independentes e a falta de eleições livres e justas.[8][9][10] A Rússia de Putin tem recebido consistentemente pontuações baixas no Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional, no Índice de Democracia da The Economist, no índice de LFreedom in the World da Freedom House e no Índice de Liberdade de Imprensa da Repórteres Sem Fronteiras. Putin é o presidente russo que ficou mais tempo no poder e o segundo presidente europeu por tempo de permanência, depois de Alexander Lukashenko, da Bielorrússia.

Formado em Direito pela Universidade Estatal de São Petersburgo (1975), Putin também já trabalhou como advogado[11].


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  1. Zakharov, Andrey; Badanin, Roman; Rubin, Mikhail (25 de novembro de 2020). «An investigation into how a close acquaintance of Vladimir Putin attained a piece of Russia». maski-proekt.media. Proekt. Consultado em 21 de março de 2023. Cópia arquivada em 25 de novembro de 2020 
  2. Campbell, Matthew (26 de maio de 2019). «Kremlin silent on reports Vladimir Putin and Alina Kabaeva, his 'secret first lady', have had twins». The Times. Consultado em 21 de março de 2022. (pede subscrição (ajuda)) 
  3. Besson, Sylvain; Odehnal, Bernhard. «Russisches Staatsgeheimnis – Putins Sohn wurde im Tessin geboren» (em alemão). SonntagsZeitung. Consultado em 21 de março de 2023 
  4. Putin: Russia's Choice, (Routledge 2007), by Richard Sakwa, Chapter 9.
  5. Judah, Ben, Fragile Empire: How Russia Fell In and Out of Love with Vladimir Putin, Yale University Press, 2013, p. 17
  6. Borshchevskaya, Anna (2022). Putin's War in Syria. [S.l.]: I. B. Tauris. pp. 70, 71, 80, 81, 157, 169, 171, 174. ISBN 978-0-7556-3463-7 
  7. Geukjian, Ohannes (2022). «5: Russian Diplomacy, War, and Peace Making, 2017–19». The Russian Military Intervention in Syria. [S.l.]: McGill-Queen's University Press. 196 páginas. ISBN 978-0-2280-0829-3 
  8. Gill, Graeme (2016). Building an Authoritarian Polity: Russia in Post-Soviet Times hardback ed. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-1-107-13008-1. Consultado em 11 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 24 de julho de 2018 
  9. Reuter, Ora John (2017). The Origins of Dominant Parties: Building Authoritarian Institutions in Post-Soviet Russia E-book ed. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-1-316-76164-9. doi:10.1017/9781316761649. Consultado em 24 de julho de 2018. Cópia arquivada em 11 de dezembro de 2019 
  10. Frye, Timothy (2021). Weak Strongman: The Limits of Power in Putin's Russia. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 978-0-691-21246-3. Consultado em 11 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 25 de fevereiro de 2022 
  11. «Vladimir Putin – DW». dw.com. Consultado em 1 de novembro de 2024 

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