Willys-Overland do Brasil S.A. | |
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Sociedade anônima | |
Atividade | Automotiva |
Fundação | 1952 |
Encerramento | 1967 |
Sede | São Bernardo do Campo, São Paulo |
Pessoas-chave | Edgar Kaiser (fundador) |
Produtos | Automóveis |
A Willys-Overland do Brasil foi a subsidiária da Willys Overland no Brasil,[1] fundada em 26 de agosto de 1952, em São Bernardo do Campo, São Paulo, a partir da ideia estabelecida por Edgar Kaiser, herdeiro do império Kaiser Motors, que em 1953 adquiriu toda a fabricante norte-americana. Esta empresa possuía uma contraparte na Argentina, fundada em 1955 sob o nome de Industrias Kaiser Argentina e que fabricou sob licença produtos Willys, mas com marca própria (IKA).
Embora a maior parte da produção da Willys estivesse localizada em São Bernardo do Campo, em 1958 adquiriu as instalações de uma planta de fundição de ferro em Taubaté, na qual estabeleceu a "Divisão de Produtos Especiais". Ao mesmo tempo, em 1966 inaugurou uma planta industrial na cidade de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, que foi estabelecida como a primeira fábrica de automóveis no Nordeste do Brasil.
Sua produção incluiu a gama de utilitários da marca Willys, bem como uma série de carros turísticos baseados na linha Aero-Willys, que incluíram dois empreendimentos locais, sendo um sedan chamado Itamaraty e uma limusine conhecida como Itamaraty Executivo. Ao mesmo tempo, foram assinados acordos com a empresa francesa Renault, que produziu o Renault Dauphine, e uma versão do Alpine A108, chamada Willys Interlagos.
A produção da Willys Overland terminou em 1967, quando após uma crise econômica que pôs em xeque suas atividades, foi absorvida pela subsidiária brasileira da Ford, que assumiu o controle das ações da Willys e constituiu a Ford-Willys do Brasil S.A., fazendo com que a marca Willys fosse gradativamente substituida pela marca Ford. A fábrica de São Bernardo do Campo foi utilizada pela Ford para produzir veículos, enquanto a unidade de Taubaté produzia motores.
Já a unidade de Jaboatão foi inicialmente desativada e depois adquirida pela Fiat. Finalmente e como uma espécie de mudança de destino, após a aquisição mundial da marca Jeep pela Fiat, esta construiu uma nova fábrica nas fundações da planta de Jaboatão, inaugurada em 2015 e destinado à produção do Jeep Renegade, o que significou o retorno à produção brasileira da marca Jeep, trinta anos depois.[2]