Thomas Woodrow Wilson (Staunton, 28 de dezembro de 1856 – Washington, D.C., 3 de fevereiro de 1924) foi um político e acadêmico americano, que serviu como 28º Presidente dos Estados Unidos de 1913 a 1921. Ele foi o único democrata a servir como presidente durante a Era Progressiva, quando os republicanos dominavam a presidência e os poderes legislativos. Como presidente, Wilson mudou as políticas econômicas da nação e liderou os Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial. Ele foi o principal arquiteto da Liga das Nações, e sua posição sobre política externa veio a ser conhecida como Wilsonianismo.
Nascido em Staunton, Virgínia, Wilson cresceu no sul dos Estados Unidos durante a Guerra Civil Americana e a era da Reconstrução. Depois de obter um Ph.D. em história e ciência política pela Universidade Johns Hopkins, Wilson lecionou em várias faculdades antes de ser nomeado presidente da Universidade de Princeton, onde emergiu como um importante porta-voz do progressismo no ensino superior. Wilson foi governador de Nova Jersey de 1911 a 1913, período em que rompeu com os chefes do partido e conseguiu a aprovação de diversas reformas progressistas.
Na eleição de 1912, Wilson derrotou o republicano William Howard Taft e o candidato de um terceiro partido, Theodore Roosevelt, tornando-se o primeiro sulista a vencer a presidência desde a eleição de 1848. Durante seu primeiro ano como presidente, Wilson autorizou a imposição generalizada de segregação dentro da burocracia federal e sua oposição ao sufrágio feminino gerou protestos. Seu primeiro mandato foi amplamente dedicado à aprovação de sua agenda nacional progressista, a Nova Liberdade. Sua primeira grande prioridade foi a Lei da Receita de 1913, que deu início ao imposto de renda americano moderno, e a Lei da Reserva Federal, que criou o Sistema da Reserva Federal. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, os EUA declararam neutralidade enquanto Wilson tentava negociar a paz entre os Aliados e as Potências Centrais.
Wilson foi reeleito por uma pequena margem na eleição de 1916, derrotando o candidato republicano Charles Evans Hughes. Em abril de 1917, Wilson pediu ao Congresso uma declaração de guerra contra a Alemanha em resposta à sua política de guerra submarina irrestrita que afundou navios mercantes americanos. Wilson se concentrou na diplomacia, emitindo os Catorze Pontos que os Aliados e a Alemanha aceitaram como base para a paz no pós-guerra. Ele queria que as eleições de 1918 fossem um referendo endossando suas políticas, mas, em vez disso, os republicanos assumiram o controle do Congresso. Após a vitória dos Aliados em novembro de 1918, Wilson participou da Conferência de Paz de Paris. Wilson defendeu com sucesso o estabelecimento de uma organização multinacional, a Liga das Nações, que foi incorporada ao Tratado de Versalhes que ele assinou; em casa, ele rejeitou um compromisso republicano que permitiria ao Senado ratificar o Tratado de Versalhes e se juntar à Liga.
Wilson pretendia concorrer a um terceiro mandato, mas sofreu um derrame em outubro de 1919 que o deixou incapacitado. Sua esposa e seu médico controlaram Wilson, e nenhuma decisão significativa foi tomada. Enquanto isso, suas políticas alienaram os democratas germano-americanos e irlandeses-americanos, e os republicanos venceram com grande vantagem as eleições de 1920. Em fevereiro de 1924, ele morreu aos 67 anos. No século XXI, historiadores criticaram Wilson por apoiar a segregação racial, embora continuem a classificá-lo como um presidente acima da média por suas realizações no cargo. Os conservadores, em particular, o criticaram por expandir o governo federal, enquanto outros elogiaram seu enfraquecimento do poder das grandes corporações e lhe deram crédito por estabelecer o liberalismo moderno.