As artes marciais chinesas são conhecidas na China como wushu (武術; wǔshù) e no ocidente como kungfu (/ˈkʊŋ ˈfuː/; língua chinesa: 功夫; pinyin: gōngfu). Na China, a expressão kungfu caracteriza qualquer estilo de arte marcial, ou tarefa feita com perfeição, não apenas artes marciais.[1][2] Há, também, outro termo bastante usado na China: Kuoshu (pinyin: Guoshu) — que significa "arte nacional" — imposto pelo governo chinês para designar a arte marcial (Wushu) de uma forma mais nacionalista.[3]
Existem, catalogados na China, mais de 400 estilos diferentes de Kungfu/Wushu/Kuoshu, que se podem classificar em duas escolas: Waijia, ou escola externa, e Neijia, ou escola interna.
Na primeira, se inclui a maior parte dos estilos de Kungfu: alguns, originários do Templo Shaolin; outros, originários de outros templos — como por exemplo, o do Monte Emei, o de Fukien e o das Montanhas Huangshan. A escola Waijia prioriza a prática visando ao desenvolvimento externo, ou seja, o desenvolvimento propriamente físico ou marcial. Compreende os estilos de kungfu chamados "duros". A maioria dos estilos externos se encaixa no estilo principal: tongbeiquan, baseado no movimento de animais tais quais o tigre, o louva-a-deus, o macaco, a serpente e a garça. Outros exemplos de estilo de Kungfu externo são o Sanshou — conhecido como Sanda ou boxe chinês — e o Shuai jiao, direcionados ao combate.
Já a Neijia visa ao desenvolvimento interno, ou do Chi, abrangendo os estilos ditos "suaves". A escola interna ficou mais conhecida a partir do templo Wudang, centro que enfatizava estilos tradicionais. Alguns desses estilos tornaram-se consideravelmente famosos no Ocidente, como o Baguazhang, Xingyiquan e o Taijiquan.
Uma reformulação moderna com um intuito esportivo de alto desempenho é o kungfu moderno, que, frequentemente, exige atletas muito bem preparados. Paralelamente, o kungfu tradicional, que conta com muito mais praticantes, oferece prática esportiva e marcial para todas as idades.