O xenofeminismo é um movimento comprometido com a pesquisa radical e crítica que incorpora a tecnologia e a arte à abolição de gênero, considerada uma extensão e um desdobramento do ciberfeminismo.[1][2] Em seu manifesto Xenofeminismo: Uma política pela alienação, o coletivo Laboria Cuboniks argumenta contra a natureza como desejável e imutável em favor de um futuro no qual o gênero seja desalojado do poder e no qual o feminismo desestabilize e use as ferramentas do opressor para sua própria reconstrução da vida.[1] De acordo com uma publicação de Jilly Boyce Kay,[3] o movimento tem três características principais: é tecnomaterialista, antinaturalista e defensor da abolição de gênero. Isso significa que o movimento contraria os ideais naturalistas que afirmam que existem apenas dois gêneros e visa à abolição do "sistema binário de gênero". O xenofeminismo difere de outras vertentes do ciberfeminismo porque, embora tenha ideais semelhantes, é inclusivo para a população queer e transgêneros.
Também incorpora as ideias do aceleracionismo.[4]