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Os Zenetas ou ainda Zenatas , foram um grupo de povos Berberes durante a Idade Média, dos quais descendem várias etnias atuais. Foram uma das tribos que invadiram a Península Ibérica no século VIII.[1] O historiador e viajante ibne Caldune relata que foram, com os Masmudas e os Zanagas, uma das três grandes confederações Berberes muçulmanas da Idade Média.[2] Os Zanatas eram inicialmente nômades que habitavam as planícies do Magrebe e que depois chegaram a estabelecer vários reinos em Fezã, Jerma, Garama,[3] Tremecém, Sijilmassa e até mesmo Fez e Cairuão.
A sua língua era uma variedade de berbere. Vários grupos de berberofalantes dispersos através do Magrebe conservam atualmente muitos vocábulos e características desta língua. A norte da fronteira argelino—marroquina na região dos Banu Snus e em numerosos oásis saarianos, nomeadamente na região do Gourara e do Orés, assim como entre os Tuaregue [1], no Zabe e na Líbia, etc.
Um ramo dos Zenetas foi antigamente chamado Garamantes, e viviam na Garamântica, que se correspondia em larga medida com o Fezã atual, e tinha por cidade principal a Gadamés (Cidamo em latim).[4] Os outros ramos dos Zanatas eram trasumantes e na Numídia constituíam parte dos Getulos e antigos mouros (mauritanos). Até a irrupção do Islão no século VII, os zenetas eram "pagãos".