Marinera

Marinera
Marinera
Origens estilísticas Jota aragonesa, Zamacueca e Cueca
Contexto cultural Fines do século XIX em Lima
Instrumentos típicos violão e cajón.
Popularidade Popular em todo o Peru. Conhecida no exterior.

A Marinera é uma dança típica da costa do Peru, derivada da jota aragonesa, da Zamacueca e da cueca.[1] Um traço característico da dança é o uso de lenços pelos dançarinos. Sua música tem traços acentuadamente nacionais, constituindo uma música peruana de identidade própria.

De acordo com o musicólogo argentino Carlos Vega, a marinera já foi designada "tondero", "mozamala", "resbalosa", "baile da terra", "zajuriana", até que em 1879, o músico e político peruano Abelardo Gamarra Rondó (conhecido como "el Tunante”) rebatizou a dança como "marinera". A razão da mudança foi a declaração de guerra do Chile contra o Peru e o intuito de prestar uma homenagem à Marinha de Guerra, especialmente à tripulação do encouraçado Huáscar, então comandado por Miguel Grau, insigne herói peruano.[1][2][3][4][5][6]

Em 30 de janeiro de 1986, a marinera e todas suas variantes – coreográficas, musicais e regionais – foram declaradas Patrimônio Cultural Imaterial do Peru pelo Instituto Nacional de Cultura do Peru,[7] tendo sido a primeira declaração dessa espécie concedida pelo Estado peruano. Em 2012, o Congresso da República do Peru determinou que o dia 7 de outubro, data de nascimento de Augusto Áscuez Villanueva – um dos principais intérpretes de marinera –, fosse oficializado como o "Dia da Marinera".[8][9]

  1. a b Robles Mendoza, Román (2000). La banda de músicos: Las bellas artes musicales en el sur de Ancash (PDF) (em espanhol). Lima: Universidad Mayor de San Marcos. pp. 74–75 
  2. Holzmann, Rodolfo (1966). Panorama de la música tradicional del Perú (em espanhol). Lima: Casa Mozart. El nombre de "marinera" surgió del fervor patriótico de 1879, año en que don Abelardo Gamarra, "El Tunante", bautizó con él a la hasta entonces "chilena", en homenaje a nuestra Marina de Guerra 
  3. Santa Cruz, Nicomedes (2004). «7.1 Tondero». Obras completas II. Investigación (1958-1991). [S.l.: s.n.] p. 105. ISBN 9781597540148. [En] la última década del siglo XIX, [...] Abelardo Gamarra 'El Tunante' rebautizó Marinera [a la] 'chilena' (...) se trataba —por obvias e históricas razones— (de) desterrar el nombre de 'chilena' 
  4. Revista de la marinera. Lima: Editorial San Marcos. 1999. p. 11. Hasta que llegó [1879, cuando] Abelardo Gamarra me rebautizó con el nombre de 'Marinera', en honor a los valientes marinos, que en esos momentos defendían nuestro mar y para que el pueblo ya no siguiera apodando 'Chilena' a nuestro baile nacional 
  5. Tompkins, William David (1998). «Afro-Peruvian Traditions». Nova York: Garland Publishing Inc (em inglês). 2: South America, Mexico, Central America, and the Caribbean: 498-499. Probably the most important new national musical genre of the nineteenth century was the zamacueca (or zambacueca), which appeared in coastal Peru not long after 1800. Its choreographic theme, shared with dances derived from it, was a courtship pantomime, performed by a man and a woman amid a crowd that accompanied them with rhythmic clapping and supportive shouting. As the dancers advanced and retreated from each other, they rhythmically and provocatively flipped a handkerchief about. The instrumentation varied, but frequently consisted of plucked stringed instruments and a percussive instrument such as the cajón [...].
    The zamacueca became popular in many Latin American countries during the mid-1800s, and numerous regional and national variations developed. In the 1860s and 1870s, the zamacueca chilena, a Chilean version of it, was the most popular form in Peru. After the War of the Pacific, however, Peruvians, not wanting their national dance to carry their enemies' name, renamed it the marinera, honoring their seamen who had died in the war
     
  6. León, Javier F. «Marinera». Bloomsbury Encyclopedia of Popular Music of the World (em inglês). IX: Genres: Caribbean and Latin America: 451-453. By the 1860s, a Chilean variant [of the zamacueca] known as the chilena or cueca was the most prevalent type of zamacueca in Peru. After the War of the Pacific (1879-83) and the Chilean occupation of the city of Lima, the name of the dance was changed to marinera in honor of the Peruvian navy and it was declared the national dance of Peru.
    The first composition formally labeled as a marinera was 'La Concheperla', with lyrics by literary figure Abelardo Gamarra 'El Tunante' (1850-1924) and music by his associate José Alvarado
     
  7. Instituto Nacional de Cultura del Perú, ed. (30 de janeiro de 1986). «Resolución Suprema N°022-86-ED» (pdf) (em espanhol). Ministerio de Cultura del Perú. 1 páginas 
  8. Perú-Ministerio de Cultura (ed.). «Congreso de la República declara al 7 de octubre Día de la Marinera» (em espanhol). Cópia arquivada em 7 de outubro de 2012 
  9. Diario RPP (ed.). «Trujillo: Celebrarán Día de la Marinera en octubre» (em espanhol) 

From Wikipedia, the free encyclopedia · View on Wikipedia

Developed by Tubidy