Oralismo

Oralismo é um método de ensino para surdos, proposto principalmente por Alexander Graham Bell (1874-1922).

Este método considera que a maneira mais eficaz de ensinar o surdo é através da língua oral ou falada, utilizando treino da fala, da leitura labial (oralização) e treino auditivo. A vertente defende que a pessoa surda apresenta maior e mais rápido aprendizado e desenvolvimento tanto intelectualmente quanto linguisticamente através da língua oral.[1]

O Oralismo considera a visão clínico-terapêutica, e que a surdez é uma "deficiência" em relação a comunidade ouvinte. Em outras palavras, os surdos possuem uma desvantagem quando comparada aos demais, e surge assim a ideia de que a surdez é uma deficiência que necessita ser minimizada, com a intenção de que o surdo seja igual ao ouvinte.[2] Em síntese, o oralismo foi um paradigma imposto a população surda por pesquisadores ouvintes que desconsideraram a autonomia e identidade surda.[3]

Surdos que foram educados através deste método de ensino são considerados surdos oralizados.

  1. Nóbrega, Juliana Donato; Andrade, Andréa Batista de; Pontes, Ricardo José Soares; Bosi, Maria Lúcia Magalhães; Machado, Márcia Maria Tavares (2012). «Identidade surda e intervenções em saúde na perspectiva de uma comunidade usuária de língua de sinais». Ciência & Saúde Coletiva. 17 (3): 671–679. ISSN 1413-8123. doi:10.1590/S1413-81232012000300013. Consultado em 5 de abril de 2020 
  2. Alpendre, Elizabeth Vidolin (2008). «Concepções sobre Surdez e Linguagem e o Aprendizado de Leitura» (PDF). Curitiba: Programa de Desenvolvimento Educacional. Proposta de Material Pedagógico: Caderno Pedagógico: 2-44. Consultado em 10 de junho de 2023 
  3. KRONBAUER, Ellis Matte (2018). «UM PASSADO (NÃO TÃO) DISTANTE?» (PDF): 1-26. Consultado em 10 de junho de 2023 

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