Lisina

Lisina
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC ácido 2,6-diaminohexanóico
Identificadores
Número CAS 56-87-1,(enantiômero L
923-27-3 (enantiômero D)
70-54-2 (racêmico)
657-27-2 (monocloridrato)
PubChem 866
ChemSpider 843
SMILES
Propriedades
Fórmula química C6H14N2O2
Massa molar 146.18 g mol-1
Ponto de fusão

224–225 °C (base livre, enantiômero, decompõe-se)[1]
263–264 °C (monocloridrato)[2]
260-263 °C (monocloridrato de DL-lisina)[3]
193 °C (dicloridrato de L-lisina)[1]
187-189 °C (dicloridrato de DL-lisina)[3]

Acidez (pKa) pKCOOH : 2,20[1]
pKα-NH3+ : 8,90[1]
pKε-NH3+ : 10,28[1]
Compostos relacionados
Alfa-aminoácidos relacionados Ornitina (C5)
Norleucina (ácido 2-amino-hexanoico)
Hidroxilisina (5-hidroxi-lisina)
Ácido diaminopimélico (epsilon-carboxi-lisina)
Compostos relacionados Ácido aminocaproico (ácido 6-amino-hexanoico)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

A Lisina é um aminoácido polar básico, codificado pelos códons AAA e AAG. Altamente solúvel em água, foi descoberta em 1889 por Edmund Drechsel, que a isolou pela primeira vez a partir da caseína.[4] Sua estrutura foi elucidada três anos depois. Em humanos, o aminoácido lisina é exclusivamente cetogênico.

Ela apresenta uma cadeia lateral carregada positivamente em pH fisiológico, por ser um aminoácido com cadeia lateral butilamônica. Devido a esta característica a lisina possui três valores de constante de dissociação (pKs). Estes diferentes valores são correspondentes a ionização do grupo carboxila da cadeia principal (pK = 2,16), assim como a ionização do grupo amina da cadeia principal (pK = 9,06) e da cadeia lateral (pK = 10,54).[5]

A degradação do aminoácido lisina em mamíferos ocorre através de duas vias catabólicas: a via de sacaropina e a via do ácido pipecólico. Ambas as vias geram acetil-CoA, importante componente do Ciclo de Krebs.[6][7]

Em circunstâncias normais, um ser humano consome quantidade suficiente de lisina através da alimentação. A falta desse aminoácido pode ocasionar crescimento lento, fadiga, náusea, tontura, perda de apetite e distúrbios reprodutivos. É encontrada principalmente em alimentos ricos em proteínas como: carnes, frutos do mar, produtos à base de soja, leite e derivados. Em menor concentração, é encontrada em verduras e legumes. O excesso de lisina no organismo pode resultar em diarreia, dor de estômago, aumento do colesterol, danos hepáticos e renais.[8][9]

O aminoácido lisina começou a ser adicionado na ração de animais de abate na segunda metade do século passado. Para alguns animais, como porcos, é um aminoácido limitante. A suplementação com lisina proporciona a utilização de rações com componentes mais baratos, porém mantém boas taxas de proteínas e crescimento para os animais. Estima-se que a produção anual do aminoácido ultrapasse 600.000 toneladas.[10]

  1. a b c d e Thieme Römpp Online, abgerufen am 19. Juli 2011.
  2. The Merck Index. An Encyclopaedia of Chemicals, Drugs and Biologicals. 14. Auflage, 2006, S. 698, ISBN 978-0-911910-00-1.
  3. a b Organic Syntheses, Coll. Vol. 2, p.374 (1943); Vol. 19, p.61 (1939). pdf
  4. «Lysine». aminoacidsguide.com. Consultado em 20 de Fevereiro de 2016 
  5. Voet, Donald; Voet, Judith G. (1 de janeiro de 2013). Bioquímica - 4ed. [S.l.]: Artmed Editora. ISBN 9788582710050 
  6. «Lysine metabolism in mammalian brain: an update on the importance of recent discoveries.». ncbi.nlm.nih.gov. Consultado em 20 de Fevereiro de 2016 
  7. Paulo Arruda. «AO papel da via da sacaropina em diversos modelos biológicos». bv.fapesp.b. Consultado em 20 de Fevereiro de 2016 
  8. «L-lysine and L-arginine amino acid ratios in food diet». .traditionaloven. Consultado em 20 de Fevereiro de 2016 
  9. «Lysine». University of Maryland Medical Center. Consultado em 20 de Fevereiro de 2016 
  10. Yasuhiko Toride. «Lysine and other amino acids for feed: production and contribution to protein utilization in animal feeding - Yasuhiko Toride». .fao.org. Consultado em 20 de Fevereiro de 2016 

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