Kenning

Kenning, na literatura medieval da Escandinávia, é uma figura de linguagem poética em que perífrases são feitas através de composições (notadamente aglutinações).[1] Na sua forma mais simples, compreende dois termos, um dos quais (a 'palavra-base') é relacionado com o segundo formando um significado que nenhum dos termos possui individualmente. Por exemplo, em inglês antigo o mar podia ser chamado seġl-rād 'caminho da vela', swan-rād 'caminho do cisne', bæþ-weġ 'caminho do banho' ou hwæl-weġ 'caminho da baleia'. Na linha 10 do épico Beowulf o mar é chamado hronrāde ou 'caminho da baleia'.

Esta palavra deriva da expressão norueguesa antiga kenna eitt við, "expressar uma coisa em termos de outra", e é bastante usual na língua norueguesa antiga, literatura anglo-saxónica e literatura celta. As kennings estão particularmente associadas com a prática da poesia aliterativa, onde tendem a tornar-se fórmulas fixas. Os escaldos (bardos das cortes viquingues) faziam um uso tão extensivo de kennings que estas vieram a ser vistas como elemento essencial do 'verso escáldico'.

  1. «Kenning». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 11 de agosto de 2020 

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